Associação da Hotelaria de Portugal diz que taxa turística no Porto Santo é “desajustada”

A Associação diz que a medida foi tomada sem a devida ponderação.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) manifestou, hoje, a sua preocupação e discordância com a entrada em vigor, já amanhã, de uma taxa turística de 2€ durante todo o ano no Porto Santo.

A AHP considera esta medida “desajustada, desadequada e ter sido tomada sem a devida ponderação. Esta decisão é agravada pela ausência de consideração e reflexão sobre os contributos dos hoteleiros da região”.

A aplicação desta taxa, conforme dá conta hoje o Jornal e em que a ilha Dourada conta 800 mil euros de receita, apresenta-se, para a AHP, “sem uma estratégia clara de aplicação e utilização, poderá afetar negativamente a atratividade do Porto Santo”.

Um destino, que segundo realça aquela associação, já enfrenta desafios significativos, como a conectividade aérea e a sua elevada sazonalidade. Dai também, e diferentemente do que acontece em praticamente todos os destinos de sol e mar, ser profundamente errado aplicar a taxa fora da época alta em Porto Santo.

Acresce que os hoteleiros têm vindo a alertar para a necessidade de um modelo de governança, relativamente a esta receita adicional das Câmaras e cobrada aos turistas pela hotelaria, que seja participativo e transparente, onde as decisões sejam tomadas com base em dados concretos e em concertação com os principais stakeholders.

A esse propósito, a AHP “reitera a proposta de boa gestão que tem repetidamente feito a todos os municípios: a criação de um fundo ao qual sejam consignadas as receitas recolhidas da taxa, a existir, e que seja gerido por uma comissão onde a hotelaria participe, que cobram esse tributo. Só este modelo, reforça a Associação, permite garantir a correta gestão das receitas e que as mesmas sejam devidas e integralmente investidas no setor, aplicadas no reforço da competitividade do destino e na sustentabilidade do setor, e não sirvam às despesas correntes das Câmaras Municipais

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