Treinador do Arouca espera dificuldades na Choupana e lembra derrota do FC Porto

O treinador do Arouca realçou hoje os bons resultados caseiros do Nacional, adversário na 20.ª jornada da I Liga de futebol, e lembrou a vitória dos madeirenses sobre o FC Porto para ilustrar as dificuldades que esperam os arouquenses.

Vasco Seabra sublinhou que as duas vitórias nas últimas duas receções por parte da formação de Tiago Margarido, com o triunfo taxativo diante dos ‘dragões’ (2-0) à cabeça, implicam que apenas um Arouca na sua máxima força poderá trazer pontos do Funchal.

“Tendo feito o jogo que fez contra o FC Porto, revela-nos as dificuldades que temos pela frente. Sabendo de todas essas dificuldades, é também muito importante percebermos que temos mesmo de competir. Todos os jogos têm de nos produzir a sensação de que os podemos ganhar e este é um adversário que implica uma exigência muito grande”, enalteceu, na conferência de imprensa de antevisão à partida de sábado.

Na melhor sequência de resultados da temporada, com oito pontos nas últimas quatro rondas, o Arouca conseguiu um importante fôlego na luta pela manutenção, numa altura em que ocupa o 13.º posto e tem os mesmos 19 pontos do Nacional, o que, segundo Vasco Seabra, faz dos jogadores mais seguros de si mesmos.

“O processo está a ficar muito mais claro para os jogadores, que acreditam cada vez mais neles mesmos e no que os colegas podem dar também à equipa. Portanto, nós sabemos que estes quatro jogos, com oito pontos, ou seis com 11, traduzem uma média pontual muito alta e fazem refletir sobre o que já vínhamos a dizer mesmo na fase em que não estávamos a ganhar tantos jogos”, contemplou.

Ainda assim, rejeita que possa haver um momento de descontração, perante o risco de os resultados negativos, que assolaram o período inicial de Vasco Seabra no comando do Arouca, poderem regressar.

“Nós sentíamos que as coisas pudessem acontecer – e de forma consistente, felizmente. Ainda assim, nós sabemos que vamos ter muitas dificuldades durante o campeonato. Se trabalharmos a 99%, nós estamos em fragilidade e o adversário em vantagem. Não temos margem para abrandar um segundo, dar um metro que seja. Sentimos que o frasco do ketchup está aberto, mas temos de ser nós a conseguir ir lá na mesma com a colher, porque, senão, alguém vai lá e tira aquilo que é nosso”, sublinhou.

O treinador abordou ainda o mercado de transferências, após os ‘lobos’ terem fechado a contratação do guardião eslovaco Jakub Vinarcik, a terceira do defeso de janeiro, mostrando-se satisfeito com o seu plantel, que espera estar fechado.

“Há muitas sondagens pelos nossos jogadores, o que é um bom sinal, mas acreditamos que só uma coisa muito pontual poderá acontecer. Estamos neste momento muito focados nos jogadores que já cá temos, temos o grupo já realmente fechado. Com a chegada do Jakub para a baliza, que preenche uma vaga que estava em aberto, sentimos que o grupo está cada vez mais coeso. O mercado também está quase a fechar, por isso, estamos focados no que os nossos trazem”, revelou.

Pedro Santos, recém-recuperado de uma gripe, ainda não deverá constar da convocatória que tem em Nino Galovic o único ausente confirmado por lesão.

O Arouca, 13.º classificado da I Liga, com 19 pontos, defronta, a partir das 15:30 de sábado, o Nacional, 14.º, também com 19, em encontro que se disputa no Estádio da Madeira, sob arbitragem de Pedro Ramalho, da associação de Évora.

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