Caso que levou à mega operação na Madeira há um ano continua a ser investigado

Continua a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) o caso que levou, há um ano, a uma mega operação na Madeira, resultando em três detenções e na constituição de Miguel Albuquerque como arguido.

“Todas as investigação que não tenham prolação num despacho por parte do Ministério Público são investigações que estão a decorrer”, garantiu, esta manhã, Luís Neves, diretor nacional da PJ, à margem da tomada de posse do novo diretor da PJ na Madeira, considerando que a falta de novidades sobre o caso é “um bom sinal”.

“Ainda bem que não se sabe (…) Quem tem de saber é quem é responsável pela investigação”, afiançou.

O diretor reiterou ainda que, na altura, vieram inspetores do continente porque os elementos da PJ do DIC da Madeira “não correspondiam nem a 10 por cento” dos meios necessários.

“Nós, no continente, quando fazemos operações com 200/300 pessoas tem de vir gente de todo o país, porque não se pode paralisar nenhuma unidade (..) portanto, isso acontece assim há décadas e continuará a suceder”, justificou, lembrando que as “unidades têm elementos escassos” que, por vezes, não são suficientes para determinado tipo de ações.

Já José Matos, questionado sobre se faz sentido mandar cerca de 100 elementos da PJ para a Madeira, limitou-se a responder que “se foi concretizado é porque fazia sentido”.

Nova estrutura para burlas informáticas

Já sobre as burlas informáticas, um crime em crescendo no País e no mundo, Luís Neves afirma que está a ser preparada uma nova estrutura organizacional para alcançar um conhecimento profundo sobre o que está a acontecer.

O diretor nacional da PJ lembrou que, as diferentes operações desencadeadas, têm permitido identificar os distintos ‘modus operandi’ dos criminosos, realçando a conhecida burla ‘Olá Pai/Olá Mãe’.

“São milhares de cidadãos que foram enganados, casos com quantias pequenas, outros com quantias avultadas. E o que é certo é que as sucessivas operações que desencadeamos nos últimos meses com vários detidos e a apreensão de muito equipamento tecnológico, fez baixar drasticamente esse modus operandi”, realçou.

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