O ADN –Madeira questiona, em comunicado, o Governo Regional sobre a impossibilidade atual da população em adquirir bilhetes pré-comprados a fim de serem utilizados na rede SIGA, “pois a nova empresa de gestão bilhética mandatada pelo executivo em maio de 2024 e gerida pelo Instituto de Mobilidade e Transporte, denominada de TIIM – (Transportes Integrados e Intermodais da Madeira S.A.), não está conseguindo dar uma resposta atempada, lesando os passageiros que têm forçosamente de adquirir um Passe Social ou comprar bilhete a bordo em detrimento dos habituais carregamentos de viagens”.
O partido alerta para o facto “desta situação de impasse poder prolongar-se por mais de dois meses até que esteja devidamente operacional, comprometendo a mobilidade da população e inflacionando os seus custos diários, visto que entretanto todas os passageiros que necessitam de apanhar mais do que um autocarro para chegar ao seu destino ficam altamente penalizados, porque nos bilhetes pré-comprados havia um período de 45 minutos no qual era possível fazer o transbordo sem ter de pagar outro bilhete”.
“Matematicamente falando, uma situação que era possível ao custo de 1,35€com a possibilidade de transbordo dentro do tempo de 45 minutos, mais1,35€ no regresso usando a mesma forma custaria 2,70€, mas atualmente e durante os próximos meses, para quem não conseguiu carregar as viagens até final de Dezembro 2024, já não tem essa opção que agora passa a ter um custo equivalente a quatro bilhetes de bordo a 1,95€ cada, que dará um custo total de 7,80, ou seja, custa quase três vezes mais”, refere.
O ADN considera, assim, que esta situação “além de penalizar os cidadãos que utilizam diariamente a rede de transportes públicos SIGA, também sabe que este novo sistema de venda de bilhetes a bordo que está sendo implementado, tem levantado algumas dúvidas perante os motoristas que se sentem pouco confiantes na fiabilidade deste novo sistema, pois já não é possível obter um extrato de vendas a bordo durante cada serviço, que lhes daria (por exemplo) a informação de que horas e em que viagens foram emitidos os vários bilhetes, agora passam somente a saber o nº total de bilhetes vendidos e o valor a entregar à empresa aquando do final do turno diário, assim sendo, em caso de dúvidas os motorista não têm como saber detalhadamente o que venderam em cada uma das viagens que efectuou”.
O ADN – Madeira propõe que, “tendo em conta que apesar de estarem a ser instaladas as novas máquinas a bordo dos autocarros válidas para os utilizadores passarem os passes sociais ainda em vigor, os antigos validadores ainda lá existem, logo deveria ser possível carregar viagens até à data de inicio do novo sistema gerido pela empresa TIIM, que supostamente tinha como missão de trabalhar com o apoio da Horários do Funchal, em articulação com a tutela das finanças e dos transportes terrestres, com o objetivo de desenvolver todos os procedimentos, assim como praticar os atos previstos nos contrato de ‘Concessão de serviço público de transporte rodoviário de passageiros na RAM’, algo que não está a ser realizado conforme previsto, prejudicando a população”, remata.