É minha legítima opinião livre e pessoal que o modelo de desenvolvimento, agora adoptado, retira Qualidade de Vida – trunfo decisivo da Região Autónoma – bem como eterniza a pobreza.
Só TRABALHANDO, PRODUZINDO E CRESCENDO, é que se sobe na vida. É assim nas Democracias consolidadas e desenvolvidas. Aí, quem pode, mas não quer trabalhar, lixa-se.
Contudo, vejam! A oposição oficial (de nome), existente na Madeira, não contesta este modelo actual.
Não é oposição.
A Classe Média vem sendo destruída. A oposição nem sequer discorda. Quer um “igualitarismo”, mas por baixo, na pobreza. Tudo “rasteirinho”…
Não é oposição.
Nem é oposição ao estabelecimento do sistema de subsídio-dependência, aliás constante em todas as sugestões que faz.
Esta “oposição” nem é oposição às pressões inflacionistas e sobre os Serviços Públicos que advêm do “turismo barato” e da imigração necessária para substituir quem pode, mas não quer trabalhar.
A oposição manteve-se indiferente ao acordar tardio da “política” (?) de Habitação. Preferiu embarcar na alternativa errada de “subsidiar” rendas de casa e de aceitar calotes nas rendas públicas, e na água e na luz.
Porque comodamente a oposição é consensual com a subsidiodependência, praticou o conservadorismo de não abordar a necessidade de uma mais justa redistribuição da riqueza crescentemente gerada também graças ao que os meus Governos deixaram desenhado e estruturado.
Como é inegável que a inaceitável cessação da luta por MAIS AUTONOMIA, não teve uma crítica desta oposição, mas sim uma cumplicidade silenciosa. Aliás, sem surpresa.
E onde andou a oposição, quando era preciso – e faltou – um esforço de combate pela reposição das capacidades competitivas, EM TODAS AS ÁREAS POSSÍVEIS, do Centro Internacional de Negócios da Madeira? O modelo de desenvolvimento, erradamente, agora concentra-se exclusivamente no Turismo barato… ainda por cima apoiado pelo Erário Público!
No Parlamento da Madeira, a oposição propôs ou deixou aprovar um “voto de pesar” por um animal.
Participou e é culpada na falta de capacidade para legislar – Deputados deram a ideia de não saber fazê-lo – preferindo aprovar “resoluções” ou “recomendações” sem quaisquer efeitos práticos, aprovar “votos”, alguns pindéricos, e “animar” comissões de “inquérito” inócuas. Um Parlamento que, numa situação destas, todos juntos recusaram traduzir em propostas e projectos legislativos os trabalhos que visam estruturar e sustentar o futuro da Região Autónoma da Madeira, todos, todos, todos “juntos à esquina, a tocar a mesma concertina”!…
E porque é que ninguém, registo NINGUÉM, teve a iniciativa de organizar um GRANDE PROTESTO contra a operação policial/meios militares, em estilo colonial, ofensiva para o Povo Madeirense, desacreditada por posterior decisão judicial?
Ninguém, registo NINGUÉM, exigiu aos “responsáveis” (?) no Estado central por uma cena destas – são o “adversário principal” – que democrática e civicamente dessem as explicações públicas que continuam a se impor.
Até o director da PJ durante o Governo socialista que inclusivamente criticou em público a decisão judicial atrás referida, foi reconduzido pelo actual primeiro-ministro!
Que se passa nos bastidores da República?…
Da parte da própria oposição, apenas um silêncio ensurdecedor quando desta provocação ao Povo Madeirense, tal como, inexplicavelmente, do grupo parlamentar da “renovação”.
A oposição local nem é capaz de perceber que a “renovação” tem um numeroso apoio eleitoral (que não político, mas de “classe social”) da “Madeira Velha” + “esquerda caviar” + subsídio-dependentes + tachodependentes, e respectivas famílias. Acrescido da dependência do Erário Público, quer da imprensa escrita, quer das rádios locais.
Mas esta oposição recusou uma proposta frentista, autonomista, com autonomistas sociais-democratas. Sem comunistas (PCP e “bloco”) e “chega” que, no dizer de Heine “Sie alle beide stinken”. Tratava-se da alternativa viável e eleitoralmente segura ao situacionismo da “renovação” que a oposição diz contestar.
Cada um desses partidos preferiu isolar-se na sua caverna paleolítica. Para que tudo continue na mesma e sem lhes cair responsabilidades governativas, para as quais não escondem não estar minimamente preparados.
Basta-lhes o “tachinho” que, assim, vão assegurando.
AFINAL O QUE É ESTA OPOSIÇÃO ACTUAL?
Se me disserem que é “alternativa”… um instante, vou ali, e já volto!…
Então, fatalmente, isto implica refletir nova questão.
O PORQUÊ de a oposição nos entreter a brincar aos partidos, sem qualquer utilidade para o Povo Madeirense.
Discutindo mediocridades e coisas secundárias, SEM QUALQUER SENTIDO DE ESTADO. Derrubando Governos – que até se põem a jeito – para fingir ser oposição.
Camuflagem para uma auto-legitimação de tudo continuar na mesma, como parece interessar-lhes?…