Camiões de ajuda humanitária entraram em Gaza logo após o cessar-fogo

Na Faixa de Gaza falta neste momento de tudo. Mais de 200 camiões entraram de imediato.

Os primeiros camiões com ajuda humanitária entraram em Gaza poucos minutos após o início do cessar-fogo acordado entre Israel e o Hamas, afirmou hoje um responsável da ONU para os Territórios Palestinianos na rede social X.

Segundo um funcionário egípcio, “260 camiões de ajuda humanitária e 16 camiões de combustível” entraram através da passagem de Kerem Shalom, entre Israel e Gaza, e de Nitzana, na fronteira entre o Egito e Israel.

“O cessar-fogo entrou finalmente em vigor em Gaza às 11h15 de hoje [09h15 em Lisboa]. Os primeiros camiões de abastecimento começaram a entrar apenas 15 minutos mais tarde”, ou seja, às 09:30 GMT, escreveu Jonathan Whittall, chefe interino da agência de emergência humanitária da ONU (OCHA) para os Territórios Palestinianos Ocupados.

“Nos últimos dias, os parceiros humanitários fizeram um grande esforço para carregar e preparar a distribuição de grandes quantidades de ajuda em toda a Faixa de Gaza”, acrescentou Whittall.

A ONU apela aos países que têm “influência” sobre Israel, o Hamas e os grupos armados que estão a saquear os comboios para que usem a sua influência para que a ajuda possa chegar à população.

Após 15 meses de guerra na Faixa de Gaza, um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor com quase três horas de atraso, às 09:15 GMT de domingo.

O território palestiniano – bombardeado incessantemente pelo exército israelita desde 7 de outubro de 2023, dia do ataque do movimento islamita Hamas em território israelita – vive uma crise humanitária sem precedentes.

Grande parte das infraestruturas, nomeadamente as de saúde, foi destruída ou danificada.

De acordo com o presidente cessante dos EUA, Joe Biden, a primeira fase do acordo inclui também uma retirada israelita das zonas densamente povoadas de Gaza e um aumento da ajuda humanitária ao território, que está ameaçado pela fome, segundo a ONU.

As autoridades egípcias declararam que o acordo prevê “a entrada de 600 camiões de ajuda por dia”.

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