O secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP) diz que Miguel Albuquerque, Eduardo Jesus, o PSD e o CDS “foram ultrapassados” pelo primeiro-ministro Luís Montenegro nas alterações ao subsídio social de mobilidade, que passam a beneficiar os estudantes açorianos com mais de 26 anos e a comunidade de imigrantes que reside e trabalha nos Açores, duas situações que não se aplicam na Madeira.
“Andaram a brincar, não fizeram o trabalho de casa como fez o governo açoriano, que atalhou o problema de forma exemplar e competente pedindo à Assembleia da República que clarificasse essas duas questões, o resultado está à vista: enquanto Albuquerque, Eduardo Jesus, o PSD e o CDS brincam ao governo, o Governo açoriano mostra trabalho e soluções”, afirma Élvio Sousa.
A proposta açoriana para corrigir estas desigualdades foi discutida na passada sexta-feira na Assembleia da República. “Mais estranho ainda é sabermos que durante a discussão nenhum deputado eleito pela Madeira interveio em defesa dos estudantes madeirenses com mais de 26 anos e da comunidade imigrante”, critica Élvio Sousa.
“Enquanto os estudantes madeirenses com mais de 26 anos ficam de fora do subsídio social de mobilidade, bem como os imigrantes de países de fora da União Europeia, os estudantes açorianos e os imigrantes que residem nos Açores passam a ter direito ao subsídio de mobilidade”, sublinha o líder do JPP, desafiando Albuquerque, Eduardo Jesus e o PSD a “descalçarem esta bota”.
Recorde-se que a 2 de outubro o secretário-geral do JPP solicitou ao ministro das Infraestruturas e Habitação “todos os relatórios emitidos pelo grupo de trabalho que visa o estudo, a análise e a revisão do modelo do subsídio social de mobilidade”.~Em novembro, quando os CTT deixaram de pagar o subsídio aos cidadãos com residência na Madeira e origem na Venezuela, África do Sul, Países Africanos de Língua oficial Portuguesa (PALOP) e Reino Unido, por já não integrar a UE, o JPP considerou a decisão “uma machadada violenta nos direitos das comunidades que trabalham e residem na Madeira”.