As autoridades norueguesas anunciaram hoje a abertura de uma investigação aos atos de vandalismo perpetrados contra a embaixada da Venezuela em Oslo e denunciados na quarta-feira por Caracas, que apontou como autores “elementos fascistas”.
Line Nyvoll Nygaard, procuradora do Serviço de Segurança da Polícia Norueguesa, disse à estação de rádio NRK que a investigação foi aberta após consultas com a polícia de Oslo por possíveis violações do artigo 184.º do Código Penal.
Este artigo prevê multas ou penas de prisão não superiores a um ano para “qualquer pessoa que participe em extensas perturbações da paz com a intenção de usar violência contra pessoas ou infligir danos a propriedade”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yvan Gil, disse na quarta-feira que o edifício da representação diplomática tinha sido “invadido e vandalizado” por um grupo de “fascistas” que deixaram “claro que interesses servem”.
“A responsabilidade da inviolabilidade das sedes diplomáticas é do Estado anfitrião e esperamos que as autoridades encontrem imediatamente os responsáveis por estes ataques”, instou o chefe da diplomacia venezuelana.
Em resposta à tomada de posse de Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela, a 10 de janeiro, registaram-se vários ataques a algumas das representações diplomáticas do país no estrangeiro, as últimas das quais ao consulado de Lisboa, para onde os atacantes atiraram uma “bomba incendiária”, e ao consulado de Vigo, na Galiza, Espanha.