Paulo Cafôfo assumiu hoje o compromisso de, quando o PS for Governo na Região, contratar, no mínimo, mais 400 enfermeiros no período de uma legislatura.
A garantia foi deixada esta tarde, na sequência de uma reunião entre o Grupo Parlamentar do PS e o Sindicato dos Enfermeiros da Região, para abordar os problemas da classe, com o líder dos socialistas a constatar que estes profissionais “vivem uma situação muito precária, estão sobrecarregados de trabalho e esgotados física e mentalmente, devido à forma como o Governo gere o Sistema Regional de Saúde”.
“[Os enfermeiros] querem cuidar dos seus doentes, mas acabam por ficar doentes. Temos de cuidar dos enfermeiros para que estes possam cuidar dos madeirenses e dos porto-santenses”, expressou.
Paulo Cafôfo acusou o Governo Regional de não cumprir as suas promessas, lembrando que o Executivo tinha afirmado que iria contratar 200 enfermeiros, mas que agora já serão apenas 80.
Além disso, acrescentou, a tutela nem teve sequer “a competência de salvaguardar” os 60 enfermeiros que tinham ficado na reserva do concurso, perdendo 60 profissionais que estariam aptos a entrar de imediato ao serviço.
O líder socialista deixou, por isso, o compromisso de, com um Governo PS, contratar, no mínimo, mais 400 enfermeiros no período de uma legislatura, propondo-se, igualmente, a estabelecer um calendário para, de forma faseada, ir respondendo às necessidades da classe, porque, “ao melhorar a carreira dos enfermeiros, estamos a melhorar a saúde dos madeirenses”.
Paulo Cafôfo lamentou que a Saúde esteja num “caos, situação que é alimentada pelo discurso e a narrativa do Governo Regional, mas também do próprio presidente do SESARAM”.
O socialista critica o facto de Herberto Jesus ter dito que “os madeirenses têm de ser responsáveis” e fazer por “não ter doenças”. “Isto é uma afirmação gravíssima. Se calhar, para o doutor Herberto Jesus, se não houvesse doentes, o Serviço Regional de Saúde funcionaria bem”, condenou.
O também líder parlamentar do PS sublinhou que o “problema do Sistema Regional de Saúde não são os madeirenses nem os doentes, mas sim o Governo, que não é capaz de resolver as situações, apontando como exemplos as urgências caóticas, as altas problemáticas que não são resolvidas, as ruturas de medicamentos por falta de pagamento, bem como as dívidas aos taxistas pelo transporte de doentes e às casas de saúde mental pelos internamentos”.
“Nós temos um caos instalado e isso deve-se precisamente a pessoas como o presidente do conselho de administração do SESARAM, que vem responsabilizar os doentes por estarem doentes. Isto é um absurdo e é uma situação que só irá mudar com um novo Governo, um Governo do PS, que assuma a saúde como uma prioridade”, rematou.