“O Estado português deveria olhar mais para as autarquias”, considera Carlos Teles

Carlos Teles, presidente da Câmara Municipal da Calheta, defendeu, esta manhã, durante a assinatura dos protocolos de cooperação financeira com as suas oito juntas de freguesia, a necessidade de um maior apoio por parte do Estado às autarquias locais.

“Ao implementarmos este apoio financeiro, queremos ajudar as juntas de freguesia a cumprir com os seus compromissos com a população. Sabemos que as autarquias são, efetivamente, mal apoiadas pelo Estado. Acho que o Estado português deveria olhar mais para as autarquias, nomeadamente as juntas de freguesia, mas também as câmaras municipais”, apontou o edil, lembrando que são estas entidades que estão mais próximas das comunidades.

Reconhecendo que os orçamentos disponíveis nas juntas de freguesia não são suficientes para responder às reivindicações da população, Teles sublinhou o esforço da Câmara em reforçar esta ajuda financeira que, este ano, passou de 30% para 50 % do montante que cada junta recebe do Fundo de Financiamento das Freguesias, totalizando cerca de 190 mil euros em 2025.

“Achamos que ainda não é suficiente, mas é aquilo que nós podemos assumir. Acho que os 50% é um passo importante que damos ”, realçou, salientando que, em ano de Autárquicas, é fundamental este acréscimo.

Recorde-se que, conforme noticia hoje o JM na edição impressa, a maior fatia deste valor vai para o Arco da Calheta, que receberá 38.179 euros, seguindo-se a Calheta (36.196 euros), o Estreito da Calheta (22.167 euros), a Fajã da Ovelha (26.696 euros), o Jardim do Mar (11.060 euros), o Paul do Mar (11.530 euros), a Ponta do Pargo (27.093 euros) e os Prazeres (16.385 euros).

Na ocasião, o autarca frisou ainda que a Câmara “não olha” a cores políticas, vincando que o relacionamento com juntas é transversal. “A verdade é que o concelho da Calheta, se olharmos para o panorama regional, a nível político, sempre trabalhou desta forma, valorizando essencialmente as populações e deitando para trás das costas as cores políticas”, rematou.

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