Médio Oriente: PR do Líbano insta Israel a honrar compromissos após acordo de cessar-fogo em Gaza

EPA

O novo Presidente do Líbano, Joseph Aoun, saudou hoje o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas e instou o Governo israelita a cumprir os seus compromissos, dado “o seu costume de evitar obrigações”.

“Aoun congratula-se com a obtenção de um acordo sobre Gaza e espera que isso leve ao fim da trágica realidade na Faixa de Gaza”, disse a presidência libanesa numa breve declaração publicada na rede social X.

“O compromisso de Israel deve ser acompanhado, uma vez que [Telavive] se habituou a fugir às suas responsabilidades e a ignorar as resoluções internacionais”, referiu o chefe de Estado libanês.

As palavras do Presidente do Líbano estão a ser interpretadas com um duplo sentido, uma vez que está atualmente em vigor naquele país um acordo de cessar-fogo assinado a 27 de novembro, e por um período inicial de dois meses, entre Israel e partido-milícia xiita Hezbollah, após mais de um ano de confrontos fronteiriços que evoluíram posteriormente para um clima de guerra.

O acordo entre Israel e o Hamas, alcançado após meses de negociações indiretas, será dividido em três fases. A primeira durará 42 dias e certificará o fim das hostilidades, a retirada das tropas israelitas da fronteira e a troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.

A segunda fase envolverá a distribuição de ajuda humanitária “segura e eficaz” a grande parte da Faixa de Gaza, devastada por mais de 15 meses de ofensiva israelita.

Também serão realizadas reparações em instalações de saúde e será permitido o transporte de mantimentos e combustível para o enclave palestiniano.

Mais pormenores sobre a segunda e a terceira etapas do acordo serão divulgados assim que a primeira fase for certificada.

Israel lançou a sua ofensiva contra Gaza após os ataques do Hamas a 07 de outubro de 2023, que fizeram quase 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.

Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades de Gaza controladas pelo grupo extremista Hamas.

Também foram mortas mais de 850 pessoas pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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