“O projeto de produção de biocombustível a partir de microalgas no Porto Santo, um investimento público superior a 50 milhões de euros, representa um dos maiores escândalos de má gestão na nossa região”.
Quem o considera é o Chega Madeira, lembrando que, após mais de uma década de “desperdício de recursos”, a Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) “admite agora que ‘falhou o nosso know-how sobre o tema’ e tenta vender o que resta deste projeto por um valor irrisório, ridicularizando os sacrifícios dos madeirenses que sustentam, com os seus impostos, este tipo de desmandos”.
“Enquanto milhões de euros são desperdiçados em projetos mal planeados e sem qualquer benefício para a população, os madeirenses enfrentam problemas gravíssimos no seu dia a dia. No Hospital Dr. Nélio Mendonça, faltam medicamentos essenciais, colocando em risco a vida de doentes oncológicos e de outros pacientes que dependem de tratamentos urgentes. No setor da habitação, milhares de famílias continuam sem acesso a condições mínimas de dignidade, fruto da incapacidade do Governo Regional de responder a uma das maiores crises habitacionais da nossa história”, indica.
O partido afirma que estas situações são resultado de uma “governação negligente e cúmplice, liderada por Miguel Albuquerque, que insiste em priorizar investimentos desastrosos” em vez de resolver os problemas reais que afetam os madeirenses.
“A gestão danosa da EEM e a falta de supervisão do Governo Regional são um insulto à população e uma demonstração de que, para este governo, o dinheiro público parece não ter valor”, considera.
“O Chega Madeira não pode permitir que a incompetência e o desperdício continuem a marcar o destino da nossa região. O dinheiro público não pertence ao governo – ele é fruto do trabalho árduo dos madeirenses, que merecem ver os seus impostos aplicados em saúde, habitação, educação e infraestruturas”, sustenta, exigindo oportunamente a abertura de um inquérito público para apurar responsabilidades pelo fracasso do projeto das microalgas no Porto Santo e uma auditoria independente à EEM para garantir transparência e competência na gestão dos recursos públicos.
Além disso, reforça o Chega, “é urgente redefinir as prioridades orçamentais da Região, colocando os interesses dos madeirenses em primeiro lugar”.