Presidente do Governo justifica falta de medicamentos com “situações pontuais”

A falta de medicamentos para doentes oncológicos na farmácia do Hospital Dr. Nélio Mendonça voltou esta semana a ser notícia, uma situação que o presidente do Governo Regional admite, mas que classifica como casos pontuais e sublinha que tal não coloca em causa o bom funcionamento do sistema regional de saúde.

À margem de uma visita ao Caminho do Pico, no Monte, acessibilidade que recentemente foi alvo de obras para alargamento da faixa de rodagem, Miguel Albuquerque chamou a atenção para os números que, no seu entendimento, revelam que o Governo tem aumentado o investimento na saúde.

Nós, contribuintes da Madeira, gastámos, no ano passado, 115 milhões de euros em medicamentos. Estes investimentos foram 65 milhões de euros do SESARAM, e no IASAÚDE, nos medicamentos comparticipados, mais de 50 milhões. Isso significa que nós estamos a acompanhar o alargamento do número de utentes que utilizam medicamentos, e isso é expectável devido ao aumento da esperança média de vida, mas também estamos a acompanhar um conjunto de tratamentos, sobretudo os oncológicos”, explicou o governante.

Em 2015, prosseguiu Albuquerque, os gastos nos medicamentos oncológicos ficavam-se pelos 6 milhões e meio de euros. Atualmente, porém, o investimento já atinge os 30 milhões de euros, adiantou. “Houve um aumento substancial do custo em 170%, nos últimos 7 anos”, vincou o presidente do Executivo.

”Isto significa que estamos a acompanhar toda esta situação, estamos a fazer investimentos substanciais na saúde. Agora, muitas vezes há situações pontuais, pode haver a carência de um medicamento ou de outro, que pode ser substituído. Não há nenhum sistema de saúde perfeito”, admitiu.

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