O PS-Madeira, marca eleições internas para 31 de janeiro e congresso para 22 e 23 de fevereiro.
Paulo Cafôfo vai voltar a candidatar-se à liderança do partido.
Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo, nascido no Funchal, em 18 de maio de 1971, tem actualmente 53 anos, é professor de História na Escola do Ensino Secundário de Campanário, foi dirigente do Sindicato dos Professores da Madeira e Secretário-Nacional e Conselheiro-Nacional da FENPROF, pertenceu aos órgãos sociais da ARCHAIS (Associação de Arqueologia e Defesa do Património da Madeira), nomeadamente enquanto membro da Direção e Presidente do Conselho Fiscal.
Mas lançou-se verdadeiramente na política (ele e outros notáveis militantes) através da incubadora do PS de independentes, chamada Laboratório de Ideias da Madeira.
Iniciou a sua carreira política, ganhando as eleições a autárquicas de 2013, sendo eleito presidente da Câmara Municipal do Funchal, como independente numa coligação de partidos, tendo ocupado o cargo entre 2013 e 2019.
Os alegados independentes cedo demonstraram ao que vinham, o tempo assim o comprovou, era o início das suas carreiras políticas, as mesmas que já duram há mais de 10 anos.
Estes notáveis independentes anunciaram o famoso 25 de abril na Madeira, mas rapidamente ganharam os vícios e os compadrios do Ancien régime, sendo apoiados pelos mesmos grupos económicos, continuando e até alterando compadrios, de vicissitudes notoriamente, conhecidas.
Visivelmente, logo lançaram as bases para o controle da comunicação social ao estilo de Alberto João, dando primazia ao Diário de Notícias, liderados pelo ponta de lança socialista que toda a gente dizia mandar no Cafôfo, o spin doctor, Miguel Iglesias. Desta forma, boicotaram o Jornal da Madeira e toda a imprensa que não seguisse os ditames socialistas.
Na persecução do plano de chegar à liderança do PS, o novo movimento dos Cafofianos, segue uma única ideologia, o culto de personalidade da figura de Cafôfo, situação que hoje em dia está em desgraça, com o rebentar da imagem de Cafôfo.
Cafôfo chega ao controle do PS-Madeira ainda enquanto independente, através de Emanuel Câmara, em 2018.
Num universo de 1952 militantes em condições de exercerem o seu direito de voto e dos 1545 que votaram, 877 escolheram o projeto “Um futuro pelas pessoas”, do candidato Emanuel Câmara e 668 apoiaram a candidatura de Carlos Pereira, presidente cessante, que se apresentou com a moção “Verdade e Credibilidade”.
A diferença não foi esmagadora, sendo que Cafofo tinha o aparelho do partido e os apparatchiks socialistas, que controlam o partido há décadas e pouco ou nada fizeram fora dele.
Paulo Cafôfo filiou-se no PS a 08 de novembro de 2019.
A 25 de julho de 2020 torna-se presidente do Partido Socialista da Madeira, tendo sido o único candidato que se apresentou às eleições internas, continuando no cargo até os dias de hoje.
O maior mérito de Cafofo, foi ter sido o primeiro presidente do município do Funchal a não ser eleito pelo PSD desde a Revolução dos Cravos e a Constituição de 1976.
Posso dizer que para mim o Cafôfo foi uma lufada de ar fresco que se transformou no maior bluff da oposição de que tenho memória.
Em abono daa verdade, não é só o PS Madeira que está órfão, o PSD Madeira também, mas isso são outros quinhentos.