SIGA tem avanços para pessoas com deficiência, mas enfrenta desafios de acessibilidade

A Associação Portuguesa das Pessoas com Necessidades Especiais – Associação Sem Limites abordou as valências da nova rede de transportes públicos interurbanos SIGA, em operação na Região Autónoma da Madeira desde 1 de julho, para pessoas com deficiência, afirmando que esta trouxe coisas positivas para a população, mas ainda representa desafios.

Segundo comunicado, durante a 2ª edição da Mesa Redonda, que contou com a presença do diretor regional dos Transportes, foi esclarecido que pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, com um grau de incapacidade igual ou superior a 60%, podem beneficiar do uso de autocarros adaptados a cadeiras de rodas. Embora esses veículos não estejam disponíveis em todas as carreiras, podem ser programados para atender às necessidades dos utilizadores, desde que seja realizado o registo prévio no site siga.madeira.gov.pt.

O processo de adesão exige o preenchimento de um formulário online com os dados pessoais do interessado, incluindo o cartão de cidadão e o atestado de incapacidade. Após a aprovação, o utilizador recebe um número de associado, permitindo o agendamento de viagens, que deve ser feito até às 13h00 da antevéspera da data pretendida. O custo das viagens é igual ao dos restantes passageiros, sem qualquer sobretaxa.

Apesar dos avanços que a rede SIGA representa para a mobilidade de pessoas com deficiência na Madeira, a associação destacou algumas limitações. O acesso ao serviço, dependente de uma plataforma digital, pode ser um obstáculo para utilizadores que não dominam ferramentas digitais. Além disso, de acordo com o que refere a associação na mesma nota, a rede ainda não cobre as zonas altas de concelhos rurais, dificultando o acesso de quem vive em áreas mais remotas.

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