José Manuel Rodrigues critica “triste espetáculo” dos dirigentes do PSD e PS na Madeira

José Manuel Rodrigues apelou esta segunda-feira ao bom senso e ao sentido de responsabilidade de todos os agentes políticos, considerando que a Madeira vive o “momento mais difícil” da sua Democracia. Para o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira (ALRAM), o cenário atual está a ser marcado por um “triste espetáculo” protagonizado pelos dirigentes do PSD e do PS.

Numa publicação nas redes sociais, José Manuel Rodrigues lamentou o agravamento do clima político desde novembro do ano passado, intensificado pelos acontecimentos e declarações dos últimos dias, que, no seu entender, “é confrangedor e prejudicial” aos interesses da Região e dos madeirenses.

“O que se está a passar é um triste espetáculo que os dirigentes dos dois principais partidos (PSD e PS) estão a dar aos eleitores, mas que começa a extravasar para outras forças políticas. Não bastava o violento confronto entre os partidos, agora temos um agressivo confronto no interior dos próprios partidos que ultrapassa o razoável e que desprestigia a Autonomia e as suas instituições democráticas”, apontou.

Rodrigues considerou que a “insensatez” e “imprudência” entre os agentes políticos tornaram o clima político “irrespirável”, com possíveis repercussões negativas numa futura negociação para a governabilidade da Região. Além disso, afirmou que esta “agressividade foram do comum” está a contaminar, de forma negativa, a sociedade e as relações interpessoais.

O presidente da ALRAM reforçou que os madeirenses querem estabilidade, clarificações e soluções para os problemas que mais os afetam, como a carga fiscal, o custo de vida, os salários, as pensões, a saúde, a pobreza e a falta de habitação acessível.

“Na política não vale tudo e a verdade é que aquilo que devíamos estar a discutir eram os problemas que interessam aos cidadãos. (…) Infelizmente, muitos trocam o salutar debate partidário por uma batalha de acusações e de insultos”, afiançou, alertando que esta situação está a dar “argumentos e armas aos inimigos da Autonomia”.

“Reafirmo o apelo para que impere o bom senso de todos e para que no interior dos partidos e entre os partidos, o debate decorra dentro dos limites da decência e das normas democráticas, no sentido de que umas possíveis eleições, que eventualmente sejam marcadas, venham a ser um ato de clarificação que conduza a uma solução de estabilidade e de governabilidade para a Madeira e o Porto Santo”, rematou.

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