O líder do PS/Madeira sublinhou que os militantes com as quotas em atraso não poderão votar nas eleições internas do partido. “É dever de um militante ter as suas quotas pagas”. Paulo Cafôfo respondia ao JM, nas declarações prestadas à comunicação social, após a reunião da comissão regional do PS, sobre se seria dada possibilidade aos socialistas com as quotas em atraso de votar.
“Esse assunto foi trazido à praça pública por um militante que até já foi secretário-geral do partido, João Pedro Vieira – vamos chamar as coisas pelos nomes – e que agora achou que deveriam ser realizadas eleições e que o direito ao voto não deveria ser apenas para os militantes com as quotas pagas”, expôs Paulo Cafôfo, referindo-se à opinião dada em declarações ao JM, publicadas hoje.
O presidente do PS reforçou que é um dever de um militante ter essa situação regularizada para poder exercer o direito de votar e lembrou que João Pedro Vieira se manifestou contra a abertura ao voto a quem não tivesse as quotas em dia, uma hipótese colocada em 2020, quando Cafôfo se candidatou pela primeira vez à liderança do PS.
“Face à especificidade da pandemia, colocou-se a possibilidade de o ato eleitoral realizar-se para militantes independentemente de ter as quotas em dia ou não”, recordou, comentando que João Pedro Vieira, que defende agora a abertura aos militantes não pagantes, “foi, na altura, em 2020, foi contra o facto de se isentarem as quotas para se poder votar, num contexto de pandemia. Aliás, ameaçou mesmo impugnar as eleições se militantes votassem sem ter as quotas pagas”, vincou, rematando que “resta saber porque mudou agora de opinião”.