Cafôfo justifica prazos: “Seria estapafúrdio” presidente do partido não ser o cabeça-de-lista às regionais

Estão aprovadas, pela Comissão Regional do PS, as datas para as eleições internas no partido, a 31 de janeiro, e congresso regional a 22 e 23 de fevereiro, como já tinha sido avançado pelo JM.

Paulo Cafôfo será candidato para “reforçar” a sua liderança, afirmou aos jornalistas, destacando que a participação na comissão regional demonstrou que “o partido está mobilizado”. O regulamento que define o calendário foi aprovado por “esmagadora maioria”, contando, contudo, com quatro votos contra e seis abstenções de um universo de 81 votantes.

O líder do PS admitiu que os prazos são curtos, mas justificou com a forte probabilidade de as eleições regionais antecipadas sejam marcadas pelo Presidente da República para a segunda metade de março.

Depois de comentar que, “ao contrário de Miguel Albuquerque, que tem medo de realizar eleições internas”, Paulo Cafôfo também dirigiu críticas a Carlos Pereira, socialista que tinha manifestado disponibilidade para ser candidato ao partido. “Ele teve espaço para isso, desafiou até que existissem eleições internas antes das eleições regionais, quando já sabia quais seriam os prazos”, num contexto de marcação de eleições regionais.

Referindo que a entrega de listas de candidatos no Tribunal tem de ocorrer 40 dias antes do ato eleitoral, “imagine-se o que era realizarmos eleições internas para o partido, não seria o cabeça-de-lista o presidente do partido. AS eleições internas têm de se realizar a 31 de janeiro para que o presidente eleito do partido, ser ele próprio, o cabeça-de-lista e ter a possibilidade de elaborar as listas para a Assembleia Regional”.

De outra forma, disse, “teríamos este cenário estapafúrdio de o presidente do partido não ser o cabeça de lista e candidato a presidente do Governo Regional”.

Cafôfo criticou ainda a ausência de Carlos Pereira da vida ativa do PS. “Há uma falta de coragem por parte de um militante que um dia quer avançar e, noutro dia, quando se dá a oportunidade, não avança. Ficou claro que as suas intenções são só as de prejudicar o partido”.

Atirou ainda que “os militantes têm direitos, mas não têm o direito de criticar na praça pública e nos jornais o partido, quando deveriam participar nas reuniões como esta e não participam, não dão a sua opinião internamente”, rematando que “nenhum militante tem o direito de falar dos resultados do PS quando não contribui em absolutamente nada para a melhoria desses resultados, porque nunca participa nem em eleições eleitorais nem em campanhas eleitorais”.

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