Manuel António fala em “manipulação dos órgãos do partido” e diz que 540 militantes “merecem ser ouvidos”

Manuel António Correia assina um comunicado divulgado esta sexta-feira, no qual estranha a demora dos órgãos do partido para apreciar o requerimento de 540 militantes que solicitaram a realização de um congresso extraordinário e eleições internas no PSD-Madeira.

Manuel António Correia assina um comunicado divulgado esta sexta-feira, no qual estranha a demora dos órgãos do partido para apreciar o requerimento de 540 militantes que solicitaram a realização de um congresso extraordinário e eleições internas no PSD-Madeira.

“Após 19 dias do requerimento para a realização de um congresso extraordinário e eleições internas, os órgãos do PSD Madeira continuam a adiar uma decisão simples: convocar o conselho regional para se pronunciar. Os 540 militantes que assinaram este pedido merecem ser ouvidos”, começa por apontar o antigo governante e principal opositor interno de Miguel Albuquerque.

Manuel António Correia afirma que “desde as últimas eleições internas, os militantes têm sido condicionados, enfrentando dificuldades no pagamento de quotas, perseguições e exonerações”. “Agora, soma-se a manipulação dos órgãos do partido para impedir a realização do congresso. A responsabilidade é clara: o atual presidente, Miguel Albuquerque, que, a todo custo, tenta bloquear a expressão legítima dos militantes.”

“É inaceitável que a democracia interna do partido seja manipulada desta forma. O PSD Madeira não é de um homem nem de um pequeno grupo, mas sim dos seus militantes. O partido precisa de eleições internas livres, transparentes e democráticas”, pode ler-se na nota assinada pelo ex-secretário regional de governos de Alberto João Jardim.

Manuel António Correia acrescenta que “se o ainda presidente do PSD Madeira não tem receio de conhecer a opinião dos militantes, que se demita, permita o processo democrático e possibilite a construção de uma estratégia para as eleições regionais”.

Para o social-democrata, “o caos político e a instabilidade não são apenas causados pela falta de liderança, mas também pela falta de renovação e abertura ao diálogo”, afirma, reforçando que “o PSD Madeira precisa de uma regeneração urgente”.

“Não trocamos projetos estruturais por tachos, cargos ou uma falsa união que não funcionaria. Os projetos, as ideias, os valores e a coerência com que nos distinguimos são opostos aos atuais. Estes merecem ser apresentados aos militantes para que, em plena consciência e liberdade, possam decidir a melhor estratégia para a Madeira, a apresentar aos eleitores nas iminentes eleições regionais”, afirma ainda Manuel António, que termina reforçando que “a Madeira e o PSD merecem mais: respeito democrático, transparência, estabilidade e a resolução urgente dos problemas que enfrentamos”.

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