Escolhas e desafios nos novos ciclos

Nesta época do ano, quando o calendário se renova, somos convidados a refletir sobre a natureza dos inícios, as suas implicações e complexidades. O início do ano é um momento poderoso de renovação, repleto de promessas e expectativas, carregado de simbolismo. Quando coincide com novas funções, como a presidência da Delegação Regional da Ordem dos Psicólogos da Madeira, essa sensação intensifica-se. Por um lado, celebra-se a chegada de novas oportunidades, por outro, surge o desafio de liderar e de inovar num contexto com história e identidade.

Assumir a presidência é mais do que ocupar um cargo. É uma missão que exige compromisso, ponderação, visão e responsabilidade. É um período de reflexão sobre os rumos e metas desejados, que irão ter impacto na comunidade.

O conceito de início surge nas fases do ciclo vital. A cada novo ciclo temos oportunidade de reinventar a nossa história, de escolher novos rumos, de abraçar novos desafios.

Inícios são, maioritariamente, construções da nossa própria escolha. Cada escolha ou necessidade de mudança é um passo em direção ao desconhecido, acompanhado de entusiasmo e esperança, mas também de medo, ansiedade, insegurança e até mesmo a sensação de não estar à altura das expectativas. Esta dualidade é intrínseca à condição humana. Afinal, ao entrarmos num novo ciclo, saímos da nossa zona de conforto e lançamo-nos num território desconhecido.

Aceitar que a vida é feita de ciclos – inícios, fins e (re)inícios – e distinguir entre o que podemos ou não controlar são aprendizagens fundamentais. Tal como uma criança que dá os primeiros passos, os adultos também procuram apoio nas transições. Este processo fortalece a resiliência, essencial para a saúde psicológica.

É vital sermos compassivos com as nossas imperfeições e as dos outros. A motivação intrínseca e o apoio emocional de quem nos rodeia ajudam-nos a superar adversidades e a avançar nos nossos objetivos. Devemos nutrir um compromisso não apenas com as nossas metas, mas também com a compaixão, a empatia e o respeito pelos outros. Inícios tornam-se mais leves quando partilhamos desafios e compreendemos que a jornada é coletiva.

É crucial lembrar que não há saúde sem saúde mental. Assim, se sentir que os desafios ou transições são demasiado penosos, procurar apoio psicológico é um passo corajoso e essencial. Os psicólogos podem ajudar a compreender as emoções e a fortalecer a resiliência, de forma a enfrentar os desafios diários com mais segurança. Cuidar da saúde mental é investir na promoção do bem-estar.

Neste novo ano, que possamos abraçar novos começos, com resiliência e generosidade, cultivando relações saudáveis e caminhando com confiança, num processo contínuo de aprendizagem e crescimento. Tal como as crianças que, com o tempo, aprendem a correr, também nós podemos crescer e evoluir, tornando-nos melhores versões de nós mesmos e construindo um futuro mais solidário. Vamos dar as boas-vindas a 2025, prontos para tudo o que está por vir!

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