A coordenadora regional do Partido Reagir Incluir Reciclar diz que o serviço de Segurança Social na Madeira está “cada vez mais incapacitado para auxiliar quem realmente de facto necessita, numa altura em que a sociedade está “cada vez mais vulnerável, não só face à situação económica, como também face ao envelhecimento da população e à falta de apoios sociais a esta mesma faixa etária”.
De acordo com o RIR, o ISSM apregoa “vários tipos de apoio, mas na verdade quando necessitamos de acionar os mesmos, deparamo-nos com enormes barreiras, que fazem com que o Partido Reagir Incluir Reciclar afirme que só se safa quem tem cunha”.
“Não se trata apenas da escassez de estruturas residenciais para idosos, do reduzido número de camas, do reduzido número de centros de dia, mas também da má utilização dos apoios existentes”, refere Liana Reis, dando como exemplo o acionamento da Linha de Emergência Social (144):
É um serviço telefónico público, gratuito, de funcionamento ininterrupto, 24h por dia, que tem como objetivo garantir resposta imediata a situações que necessitem de atuação emergente e urgente no âmbito da proteção social, bem como assegurar a acessibilidade a um posterior encaminhamento/acompanhamento social, numa perspetiva de inserção e autonomia. Perante uma situação de desproteção de um cidadão, quando procuramos este apoio a resposta é que a mesma é para situações de sem abrigo. Se formos ao site da Segurança Social não é apenas a esta situação que a mesma se destina. No entanto, verificamos que por cá a mesma serve para apoiar aqueles que têm possibilidades financeiras de terem apoios no domicílio. As instituições que têm camas destinadas a este apoio, infelizmente apresentam lotação das mesmas, não só pela falta de resposta social, quer para continuidade de apoio, quer para internamento mas também pelo “fator cunha”.
O partido considera que a Região tem “bons profissionais na área social, no entanto por razões superiores estão condicionados no desempenho das suas funções”. “A Segurança Social é uma das áreas mais importantes da nossa sociedade, devendo ser tida como uma das mais importantes na estrutura governamental. No entanto, na Madeira não é isso que verificamos, mas sim a Segurança Social se descartar das suas responsabilidades para com os nossos cidadãos, como no caso da concessão da gestão dos lares públicos aos privados”, acrescenta, pedindo “seriedade e responsabilidade” àquele instituto.