Francisco Gomes, deputado madeirense do Chega na Assembleia da República, afirma que a proposta de Orçamento de Estado que deu entrada no parlamento nacional não é só uma “mão cheia de nada” para a Região Autónoma da Madeira, mas é também “uma traição” aos portugueses que votaram no PSD e às políticas de Direita que Luís Montenegro prometeu implementar no país, quando era candidato a primeiro-ministro.
Segundo o parlamentar, a proposta de Orçamento preparada pelo PSD “não regulariza as dívidas da República para com a Região, quer no que toca a impostos de anos anteriores, quer no que se refere aos subsistemas de Saúde, nem apresenta respostas para as áreas que são fundamentais para a vida dos madeirenses”.
A juntar a isto, Francisco Gomes realça que, “além de reduzir as transferências do Estado para a Região e manter a discriminação negativa relativamente aos Açores, o Orçamento não traz soluções para áreas como a mobilidade marítima, a mobilidade aérea e o urgente reforço das verbas que são necessárias para fazer frente às despesas acrescidas que a Região tem registado em áreas como a Educação e a Saúde”.
Ainda, o deputado madeirense refere que o Orçamento de Estado “não potencia a dignificação das carreiras dos colaboradores do Estado que trabalham na Região em áreas como a Justiça, a Segurança e a Defesa, nem contempla a prorrogação do regime da Zona Franca, o que, a seu ver, confirma o verdadeiro desinteresse do Estado em manter aquela praça financeira”.
“Este é um orçamento socialista que não representa qualquer inflexão das políticas que nos empurraram para a pobreza nos últimos anos, mas, pelo contrário, dá continuidade a um modelo de gestão errado. António Costa teria orgulho neste orçamento, o que é algo que deveria corar de vergonha o governo que o apresentou”, declara
Francisco Gomes avisa que “só uma economia muito robusta poderá ajudar o governo a cumprir as metas orçamentais que cria para o país e lamenta que a proposta apresentada não traga medidas mais significativas para fixar quadros qualificados, dignificar a carreira das forças armadas e de segurança, apoiar os antigos combatentes, recuperar a classe média e estimular a competitividade do tecido empresarial”.
“As grandes reformas pelas quais o país desespera em termos de apoio às famílias, fixação dos jovens, captação de quadros, estímulo às empresas e tantas outras foram postas de lado porque o PSD decidiu fazer um Orçamento à medida do seu parceiro de caminho, que é a versão mais radical do PS. É um Orçamento de Esquerda, que não serve à Madeira, nem a Portugal!”, reforça.
A concluir, o deputado do Chega sublinha que a proposta de Orçamento apresentada pelo governo de Luís Montenegro é “uma traição a todos os portugueses que votaram no PSD e no CDS, na esperança de que aqueles partidos assumem políticas de Direitas e implementassem as mudanças que o país precisa para ultrapassar o fosso de pobreza para o qual, a seu ver, foi jogado pelas governações socialistas”.
“Como se sentem as pessoas que votaram no PSD na esperança de que mudassem o país? Queriam um PSD que se travestiu de PS? Queriam um PSD que preferiu ceder ao PS em tudo e deitou fora uma maioria de Direita? Não há dúvidas que o PSD traiu os seus eleitores e traiu Portugal!”, remata.