Ricardo Ribeiro acusa Serviço Regional de Proteção Civil de “manipulação” e refere que “teria vergonha de ter políticos de primeira linha destes”

Ricardo Ribeiro, professor na Universidade Atlântica, participa no Fórum “E Depois do Incêndio...”, vindo de Lisboa.

Ricardo Ribeiro, professor na Universidade Atlântica, participa no Fórum “E Depois do Incêndio…”, vindo de Lisboa.

O presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil (Asprocivil), não poupa nas duras críticas ao Serviço Regional de Proteção Civil no que concerne à forma de combate inicial adotado aquando do grande incêndio de agosto.

“Há um problema aqui. Não vale a pena escamotea-lo”, dizia.

Falta de planeamento e de estratégia foi aquilo que mais enfatizou na sua alocução, tendo começado por fazer um esclarecimento.

“O Serviço Regional de Proteção Civil acusou-me de não perceber nada disto”, reclamou, referindo-se que aquilo que disse na AR, na comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, numa audição sobre a gestão dos meios de proteção civil no incêndio de agosto, foi que o helicóptero ligeiro era insuficiente, aclarando que o desejável seriam dois helicópteros kamov.

Também disse que não há qualquer vergonha em pedir apoio em determinados momentos, não entendendo a atitude do Governo Regional. “Tendo em conta que podemos estar perante um cenário de fenómenos extremos, pedir ajuda preventivamente” não constitui “vergonha”, conforme voltou a criticar no que respeita ao ataque inicial ao incêndio da Madeira.

O que também não entende foi o reforço de meios cinco dias depois do início dos fogos. No entanto, elencou factores como a orografia da Região e o vento, que se fez sentir nesses dias, como muito complicados para a abordagem de combate.

Por fim, sugeriu a “criação de uma estrutura de gestão e planeamento idêntica à utilizada pela estrutura do continente, do tipo da plataforma FEB”, considerou.

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