A declaração do período antes da ordem do dia, da autoria de Nuno Maciel, no parlamento madeirense, sobre a constituição de uma comissão de inquérito na Assembleia da República e apresentada pelo socialista Miguel Iglésias, fez subir o tom de voz dos deputados do PSD e do PS.
Jaime Filipe Ramos acusou o PS de estar a fazer “um frete” e desafiou os deputados socialistas na Madeira a convocarem os mesmos responsáveis que estão a ser ouvidos a nível nacional, para serem inquiridos em sede de comissão de inquérito na ALRAM.
O parlamentar classificou os deputados do PS/M de “deputados de segunda, que não são capazes de fiscalizar o governo”. A seu ver, isso é “grave. Sabem que foram rebaixados pelos colegas do parlamento nacional, em especial da Figueira da Foz”.
Em reação, Rui Caetano, do PS, sustentou que “o embaraço do PSD é muito claro”, subblinhando que “a autonomia não tem dono”.
Depois de Nuno Maciel ter citado um socialista (neeste caso Carlos Pereira), que considerou wue a comissão de inquérito criada no parlamento nacional é “um pontapé na Autonomia”, Rui Caertano contrapôs, citando Manuel António. O ex-governante criticou a atuação do governo na gestão dos incêndios.
O socialista reafirmou que “a autonomia não tem donos. Aquilo que aconteceu na assembleia da república é a prova que é preciso saber a verdade”.
As críticas de Rui Caetano foram também dirigidas ao Chega, depois de Miguel Castro também se pronunciar contra “o desrespeito” à Madeira. O parlamentar do PS acusou o Chega de estar a levar o PSD ao colo e a cobrir o governo.
Queremos saber se a nível nacional se todos se portaram corretamente com a Madeira”, concluiu.