Jorge Silva, perito em Proteção Civil, pensa que o pedido de ajuda do Governo Regional à República deveria ter sido mais rápido.
“Este apoio deveria ter sido logo. Não podemos estar horas a fio à espera de pedir ajuda, quando estamos a precisar. Isto não tem a ver com política ,tem a ver com meios de socorro à população”, sublinhou.
O especialista defende rapidez na intervenção e urgência na tomada de decisões políticas.
“Esta política de atrasar o pedido de ajuda pode ter deixado o fogo recrudescer cada vez mais”, defendeu em declarações à SIC, no sábado à noite.
Jorge Silva foi mais além e afirmou que “a Madeira não aprendeu nada com os fogos de há 14 anos e de 2016 e continua apenas com um meio aéreo”.
O vice-presidente da ASProcivil é defensor de que a Região, devido às suas características orográficas, com lugares de vegetação densa e de difícil acesso a pé, deveria ter mais do que um meio aéreo, pronto a intervir logo no início do combate. “Se esse ataque acontecer quando os meios terrestres chegam têm uma contenção mais rápida do incêndio”, concretizou.
“É preciso que, de uma vez por todas, que as pessoas percebam que a Madeira, assim como o Minho e Trás-os-Montes, têm dificuldades de combate a incêndios específicos. Qualquer técnico sabe que tem de ter um meio de ataque ampliado, de ataque aéreo, seja um helicóptero médio, seja um mais pesado, logo disponíveis”, afirmou.
No caso da Madeira, Jorge Silva pensa que os aviões não são o mais indicado, mas sim os helicópteros, que depois, segundo disse, poderão ser usados em salvamentos no mar.