A freguesia da Fajã da Ovelha assinala, hoje, o seu 471º aniversário.
Na celebração, o presidente da Junta, Gabriel Neto, vincou que “uma freguesia só é freguesia se soubermos viver em comunidade, empenhados, trabalhando para o bem comum e aqui realço as entidades culturais, desportivas e recreativas e também aquelas que sendo fora da freguesia aqui apostam e desenvolvem atividades, as entidades religiosas da freguesia, e também aqueles que individualmente, servem a freguesia e suas populações”.
O edil recordou que “a falta de emprego levou muitas famílias para a emigração, no passado”, pelo que “uma freguesia como a Fajã da Ovelha, rural e muito dispersa torna a atividade das entidades públicas mais difícil”, embora seja sua convicção “ultrapassar e inverter esta situação”.
“Com os meios que temos já investimos na recuperação de fontanários, colocação de sinalização direcional (em madeira e alumínio). Somos pioneiros na região na distribuição de bisalhos às famílias (280). Procedemos à distribuição de raticida. A construção de levadas para regadio, recuperamos e vamos continuar a recuperar poços de água de rega para armazenar e melhor servir os nossos agricultores. Para melhorar as acessibilidades e segurança das populações pavimentamos veredas e colocamos varandas em veredas e caminhos (…). No desporto apoiamos todas as atividades desportivas que se realizam na freguesia como atribuímos apoio financeiro às instituições da freguesia e aos atletas. Apoiamos as famílias em matérias de construção para pequenas obras de melhoria nas suas habitações. Juntamos os nossos idosos num almoço para confraternização. O esforço tem sido grande da nossa parte mas, a vontade de fazer é ainda maior, sabemos que por vezes podíamos fazer mais e melhor”, referiu.
Como reivindicações, apontou a recuperação da Vereda dos Zimbreiros e da Atalaia derivações do CR23, considerando que a “segurança das populações é de extrema importância”.
As competências das autarquias aumentam e os meios financeiros não acompanham, este tem sido um problema do poder local, das freguesias e dos municípios.
Louvamos algumas medidas de proximidade que este governo fez, como a pavimentação da ER. 222 e o apoio na recuperação da Igreja de S. João e de S. António. No entanto, uma reivindicação antiga é conclusão da recuperação da ER 223 Fajã da Ovelha Paul do Mar.
“Com o crescimento do número de moradias, está a surgir o problema da escassez de água. A captação de água potável, armazenamento e a recuperação da rede em alguns sítios da freguesia para diminuir perdas para que não falte água deve ser considerada a primeira prioridade do município e do Governo. Esta é uma preocupação da população e do executivo da Junta Freguesia. Continuamos à espera da pavimentação de caminhos agrícolas, onde destaco o do Serrado dos Cabrais, na Maloeira, na Raposeira do Lugarinho, na Lombada dos Cedros (este prometido à mais de 20 anos e novamente 2021), Lombada dos Marinheiros, entre outros. Criar pequenas centralidades em todos os sítios como espaço de encontro e convívio para a população. Consideramos, também, importante a recuperação do património, por exemplo: Os lavadouros da Maloeira e S. Lourenço e S. João. Hoje, sentimos que devem ser criadas melhores condições de acesso ao miradouro da Raposeira, pela estrada e pela vereda e também criar estacionamento”, acrescentou.
“Há um longo caminho a percorrer, será árduo, mas acreditem que será compensador. Precisamos, para isso, de uma grande entrega de todos nós, e refiro-me, às autarquias, governo e de todos os que aqui estão. Não podemos cruzar os braços e dar-nos como vencidos”, concluiu Gabriel Neto.