Chega preocupado com persistência da pobreza real e escondida na Região

Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, está preocupado com a persistência de “níveis altos de pobreza na sociedade madeirense” e acredita que os mesmos comprovam que o sector económico está a gerar e a aprofundar desigualdades sociais.

As observações foram feitas em ações de contacto com a população, que decorreram no Funchal e que contaram com a presença do líder da bancada parlamentar do partido na Assembleia da República, Pedro Pinto, do presidente do Chega-Madeira, Miguel Castro, e dos demais deputados eleitos para a Assembleia Legislativa da Madeira.

O parlamentar madeirense reconheceu que a pobreza não é um problema exclusivamente madeirense, pois, segundo informações que referiu, afeta cerca de dois milhões de portugueses, o que corresponde a cerca de dezassete por cento da população. No entanto, o deputado da República também sublinhou que o desafio é maior na Madeira, onde se regista o nível mais de risco de pobreza em todo o país, atingindo, segundo o mesmo, cerca de vinte e sete por cento de toda a população.

“São mais de setenta mil os madeirenses que vivem sem dignidade, pois auferem menos de quinhentos e noventa euros por mês. Isto acontece no meio de nós e na mesma sociedade onde várias empresas estão a registar lucros de milhões. Estas disparidades envergonham-nos e exigem soluções urgentes e concretas.”

Segundo Francisco Gomes muita da pobreza que se vive na Madeira não está refletida nos dados estatísticos, mas tem uma faceta escondida, afetando famílias nas quais os dois adultos trabalham. Para o deputado, isto revela a precaridade do mercado laboral, que, a seu ver, continua a ser dominado pelos baixos salários, pela falta de reconhecimento de quem trabalha e pela falta de oportunidades para os jovens.

“Há famílias em que os dois adultos trabalham a recorrer a ajudas alimentares e sem conseguir pagar contas básicas. Há muita pobreza escondida e os jovens estão entre as camadas mais vulneráveis, não só pela falta de trabalho, mas também pelos salários baixos, contratos precários e falta de habitação, que impedem a sua entrada plena na vida adulta.”

Para fazer frente a estes desafios, Francisco Gomes aponta a medidas como benefícios fiscais para famílias e jovens casais, isenção de garantias bancárias para jovens que queiram comprar a primeira habitação, redução de impostos para empresas que contratem quadros à procura do primeiro emprego e combate acérrimo ao desemprego, aos baixos salários e ao emprego precário.

“A Madeira tem de ser uma terra de oportunidades para todos e não para apenas alguns, nascidos numa família rica. Aqueles que são ambiciosos, empenhados e trabalhadores têm de ter cá uma oportunidade para singrar, pois, se assim não for, estaremos apenas a criar uma terra injusta, habitada por gente pobre e sem horizontes, que é algo que deveria fazer reflectir certa classe política.”

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