O Chega afirmou, em nota de imprensa, que encara as negociações do orçamento de estado com sentido de responsabilidade, mas recusa pressões e não abdica dos seus princípios políticos. É essa a opinião de Francisco Gomes, deputado madeirense do Chega na Assembleia da República, que também afirmou que o governo de Luís Montenegro também tem a obrigação de negociar o orçamento com humildade e abertura, especialmente depois de ter desperdiçado uma maioria parlamentar de cento e vinte e oito deputados.
“Vamos negociar, mas não vamos abdicar das nossas bandeiras. Se pensam que vão pôr o Chega entre a espada e a parede, estão enganados. Escolhemos a espada, vamos à luta por Portugal e vamos sair ainda mais fortes. Não vamos ser arrastados para situações de humilhação e não vamos implorar entendimentos com ninguém.”
O parlamentar teceu duras críticas ao governo da República, a quem acusa de ser “forte nas promessas, mas fraco nos atos”. Numa análise aos primeiros meses de governação, Francisco Gomes sublinhou que a coligação da AD não tem coragem para fazer as reformas de fundo que são necessárias para a dignificação da Saúde e a elevação Ensino, incluindo reconhecer o papel central da família e eliminar a “influência perversa” do globalismo e da ideologia de género.
“As crianças e os jovens são obrigados a saber sessenta géneros diferentes, mas não aprendem literacia financeira e pensamento crítico. São tratados como acéfalos, que importa dominar e submeter à agenda globalista da Esquerda fundamentalista. Porém, não recebem as ferramentas que são verdadeiramente importantes para o seu futuro.”
Segundo Francisco Gomes, o programa económico do governo da AD ignora as pequenas e médias empresas e as políticas previstas para a imigração agravam o caos já instalado no país, o qual, a seu ver, coloca em risco a segurança, ameaça a Identidade Nacional e está a levar a uma substituição demográfica, já em curso, a seu ver.
“As portas abertas continuam, a entrada de pessoas sem qualquer cuidado com os seus antecedentes criminais continua e a islamização de Portugal segue a todo o gás. Além disso, não há mecanismos para deportar os que vêm para cá desrespeitar a nossa cultura e cometer crimes, deixando-os a corromper o país que os acolheu.”
A concluir, o deputado do Chega também apontou à falta de respostas do governo da AD para as forças de segurança. Em especial, o parlamentar criticou o fato do governo ter recusado equiparar o subsídio de risco e continuar a não dar passos significativos na valorização das carreiras dos trabalhadores da Proteção Civil.
“Na última década, a República já deu cinquenta e três milhões para programas para imigrantes e este governo já se comprometeu com mais 2,5 milhões. Já para os polícias, bombeiros e guardas prisionais e florestais, que dão tudo por nós, não há dinheiro, nem vontade. As prioridades do governo estão trocadas e são uma vergonha!”