“Os três deputados do Chega na Assembleia Legislativa da Madeira cumpriram com o plano definido pelas estruturas nacional e regional para a votação do programa de governo, garantindo, entre outros aspetos, a estabilidade governativa, a discussão de um orçamento regional e a garantia de que Miguel Albuquerque se irá demitir em caso de acusação pelo Ministério Público”, refere uma nota do partido enviada às redações, que indica que o mesmo foi já confirmado publicamente pelo líder nacional do Chega.
Nestas declarações, note-se, chama a atenção o facto de o Chega-Madeira falar apenas em “três deputados”, isto depois de o partido ter transmitido que Magna Costa, que votou conta o Programa do Governo Regional, anda “completamente desalinhada”.
Recorde-se que, após a votação, Magna Costa explicou à Lusa que não houve uma “definição clara” da posição do partido durante o debate, pelo que votou em consonância com as “bandeiras e diretrizes de combate à corrupção” defendidas pelo Chega.
Na mesma nota, o partido indica que os deputados do Chega-Madeira estão focados nas negociações do orçamento regional, no qual já garantiram a integração de medidas que consideram fundamentais para a vidados madeirense, entre as quais a redução dos impostos sobre os cidadãos e as empresas, a baixa do IVA, a dignificação da atividade turística e dos principais pontos de interesse, a melhoria dos salários dos trabalhadores, incluindo os da hotelaria, e o reforço da aposta na habitação pública.
A juntar a isto, os parlamentares do Chega afirmam estar a lutar por mais incentivos à atividade privada, redução das listas de espera, mais apoio ao setor primário, medidas de proteção à família e natalidade e a fixação do pagamento das passagens aéreas entre a Madeira e o Continente, para os residentes na região, nos oitenta e seis euros.
“É no orçamento que se definem as prioridades financeiras do governo, por isso queremos usar o peso político que temos no parlamento para garantir medidas que resultem na melhoria prática da vida das pessoas, especialmente ao nível da redução de impostos, Saúde, proteção à família, habitação e transportes, que são áreas fundamentais par nós”, aponta Miguel Castro.
O líder do Chega reitera a determinação do partido em usar “a posição de grande importância que ganhou na atual conjuntura parlamentar para fazer aprovar medidas que, de outra forma, não seriam possíveis”.
“Ao viabilizarmos o programa, conquistamos ainda mais preponderância política. Muito da vida parlamentar está nas mãos do Chega e queremos usar essa posição para aliviar os orçamentos familiares, dar mais qualidade de vida às pessoas e desbloquear medidas em áreas chave da vida madeirense. É para isso que serve a política, que tem de estar ao serviço das pessoas”, denotou.
A concluir, Miguel Castro sublinha a determinação do partido em forçar na agenda política assuntos e medidas que “o PSD anda a evitar há anos, mas que, agora, graças à ação do Chega, vai ter que aceitar”.
“Estamos a exigir e vamos continuar a exigir medidas concretas na Saúde, nos transportes, na habitação, no alívio fiscal e na defesa da família. Acabou o tempo das promessas. Agora, para terem o nosso apoio, terão que agir. É esse o poder que conquistámos e vamos pô-lo ao serviço da Madeira”, rematou.