Chega diz que “desafios que a PSP enfrenta na Madeira exigem liderança e comunicação”

Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, acredita que os muitos desafios que enfrentam os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) que estão a trabalhar na Madeira exigem uma liderança inteligente, forte e ciente das características que são próprias de uma região insular e ultraperiférica. O comentário vem na sequência da nomeação de Luís Carrilho como novo diretor nacional da PSP e da anunciada saída de Luís Simões do Comando Regional da Madeira.

Segundo escreve o partido em comunicado enviado às redações, “a situação de segurança pública na Região tem vindo a agravar-se, sendo exemplo disso o facto de a taxa de criminalidade ter atingido o valor mais alto em nove anos”. No entanto, “Francisco Gomes acredita que os agentes policiais não têm quaisquer responsabilidades na matéria, sublinhando que os mesmos enfrentam condições de trabalho difíceis, as quais, na sua opinião, estão espelhadas na falta de efetivos, nos baixos níveis remuneratórios e também nas condições decadentes de algumas das esquadras”, faz questão de frisar o Chega.

“Está instalada uma situação muito complexa no seio da PSP, fruto das políticas erradas que têm sido seguidas nas últimas décadas. Tornamo-nos numa sociedade que vangloria o criminoso, glorifica a violência, mas persegue o polícia e pune a autoridade. Neste contexto, é quase impossível assegurar a lei e a ordem que a Madeira e o Porto Santo precisam para a paz pública e para o desenvolvimento económico”, argumenta o parlamentar.

Afirmando que tem vindo a acompanhar de perto os desafios que diariamente afetam a capacidade de trabalho dos agentes da PSP na Madeira, Francisco Gomes elogia o percurso do novo diretor nacional da PSP, a quem pede acrescida sensibilidade na análise e gestão do contexto regional.

“Caso se proceda à nomeação de uma nova liderança para o Comando Regional da Madeira, parece-nos importante que essa pessoa seja da confiança da direção nacional, mas também dos madeirenses. Além disso, a especificidade da missão que aqui o espera exige alguém com capacidade de relacionamento, diálogo e de adaptação, pois a Região enfrenta desafios únicos e deveras exigentes.”

A concluir, o deputado do CHEGA elogia a resiliência e a capacidade de trabalho dos agentes da PSP na Madeira, realçando que o seu profissionalismo e sentido de missão têm muitas vezes evitado o agravamento da situação pública, que caracteriza como “frágil e preocupante”.

“Se as coisas na Madeira não estão piores e se a criminalidade não atingiu níveis ainda mais preocupantes, isso deve-se aos agentes da PSP, que fazem muito mais do que lhes é exigido e que arriscam muito mais do que é recomendável e sensato. É para com estes heróis do dia-a-dia que temos, todos, uma enorme dívida de gratidão”.

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