Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, confrontou o ministro da Agricultura e Pescas sobre a situação das pescas na Madeira pedindo-lhe que para indicar as soluções que tenciona implementar para ultrapassar a crise instalada no sector.
De acordo com um comunicado, o deputado eleito pelo círculo da Madeira procurou saber, junto de José Manuel Fernandes, “se o governo português pode garantir que vai renegociar o alargamento das quotas com as entidades europeias e se acredita que a solução para o sector das pescas na Madeira é criar mais subsídios para os pescadores não irem ao mar”.
Quis saber também se “o governo estava disposto a procurar acordos bilaterais com outros estados europeus com vista a aquisição de mais quotas para Portugal, uma solução que é defendida pelo próprio Chega”.
“O que está a ser feito com os pescadores madeirenses é criminoso. Centenas de famílias estão a ser empurradas para a pobreza pela inação do governo regional, pela ignorância do governo da República e por um sistema absurdo de quotas que transforma cidadãos ativos e contribuintes em subsídio-dependentes”, considera.
Focando, em específico, o regime de quotas, Francisco Gomes critica os cortes que a União Europeia tem feito na capacidade de pesca regional.
A juntar a isto, o parlamentar madeirense apontou para o facto que os pescadores madeirenses empregam técnicas artesanais e embarcações de pequeno porte, o qual não constitui qualquer ameaça ao equilíbrio dos ecossistemas marinhos e à sobrevivência das espécies.
“Mandam os pescadores madeirenses para casa, mas os mares da Madeira andam a ser pescados por chineses, japoneses e embarcações de outros países, que pescam num dia o que os pescadores do Caniçal e Câmara de Lobos pescam em dois meses. E ainda têm o desplante de dizer que são os madeirenses que ameaçam o mar?”, lançou.
Francisco Gomes critica a proposta do governo da República quanto à possível criação de um defeso em janeiro e fevereiro, em troca de compensações financeiras para os pescadores.
“Não aceitamos e nunca aceitaremos que o melhor que o atual governo da República tem para dizer aos pescadores é que fiquem em casa a receber subsídios. Será que o governo e o PSD ainda não perceberam que os pescadores madeirenses são pessoas de bem, querem trabalhar, querem uma vida digna e recusam a miséria para a qual o governo os quer empurrar?”