“Não respondo”. Foi assim que Ireneu Barreto se posicionou aos jornalistas sobre se teria sido, ou não, o partido Chega a mudar de opinião no que concerne à garantia de estabilidade do Governo minoritário de Miguel Albuquerque, designadamente fazendo passar o programa de Governo, primeiro passo para a aprovação do orçamento.
Recorde-se que o Representante da República informou esta manhã, à margem do aniversário da GNR, que quando indigitou Miguel Albuquerque tinha garantias dos outros partidos.
“Houve quem tivesse mudado, e essa atitude deve ser respeitada em democracia”, elaborou no seu discurso oficial a que acrescentou, depois, aos jornalistas, não se sentir defraudado por esse voltar atrás.
“Ninguém faltou à verdade. Não quis dizer e não vou dizer agora”, assim firmou, deixando subentendido.
Quem sustenta o Governo, neste caso o CDS-PP, relembrou Ireneu Barreto, formalizou um acordo escrito e dos outros partidos apenas teve a promessa.
Importa referir, nesta fase, que o desfecho para a crise política está na Assembleia, o único órgão de poder com mecanismos para fazer cair o Governo.
“Com a não aprovação do programa de Governo, o Governo continua em gestão, mas, como disse, é controverso. A decisão final sobre isso compete à Assembleia Legislativa”.
“Se o programa de Governo não for aprovado, na minha opinião, o governo continua em gestão”, reitera Ireneu Barreto.
Para esta tarde, pelas 15h30, está agendada, pelo GR, a reunião de partidos a que já se sabe que não irão comparecer o PS e JPP.