O número de mortos num incêndio numa fábrica de baterias de lítio perto da capital da Coreia do Sul aumentou para 15, segundo o novo balanço provisório das autoridades.
Inicialmente, as equipas de salvamento retiraram oito corpos da fábrica mas o número de vítimas aumentou na última hora, confirmando-se “sete feridos”, de acordo com Kim Jin-young, oficial dos bombeiros, em informações transmitidas pela televisão.
As equipas de salvamento que se encontram a operar na fábrica da cidade de Hwaseong, a sul de Seul, recuperaram os 15 corpos referindo que mais “seis pessoas estão desaparecidas”.
Kim disse que a maioria das pessoas desaparecidas são cidadãos estrangeiros, incluindo trabalhadores oriundos da República Popular da China.
Segundo o mesmo responsável, o sinal dos telemóveis das pessoas desaparecidas foi localizado no segundo piso da fábrica.
Kim afirmou que uma testemunha disse às autoridades que o incêndio começou depois de as baterias terem explodido quando os trabalhadores as estavam a examinar antes do embalamento, mas frisou que “a causa exata será investigada”.
O mesmo oficial dos bombeiros afirmou ainda que 102 pessoas estavam a trabalhar na fábrica antes do incêndio.
Cerca de 35 mil baterias de lítio – altamente inflamáveis – encontravam-se armazenadas no segundo andar da fábrica onde deflagrou o incêndio.
“Foi difícil entrar no edifício porque tínhamos medo de mais explosões”, disse Kim, acrescentando que os bombeiros conseguiram apagar as chamas com “areia seca”.
O complexo industrial pertencente ao fabricante sul-coreano de baterias Aricell.
As baterias de lítio são utilizadas em várias circunstâncias e suportes desde computadores portáteis a veículos elétricos.
Imagens difundidas pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap mostram nuvens de fumo cinzento a elevarem-se sobre o edifício da fábrica devastado pelas chamas.
O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, pediu às autoridades locais que “mobilizassem todo o pessoal e equipamento disponível para se concentrarem na procura e no salvamento de pessoas”.
Yoon Suk Yeol pediu igualmente às autoridades no local para “garantirem a segurança dos bombeiros, dada a rápida propagação do incêndio”.
Entretanto, os residentes da cidade de Hwaseong foram aconselhados a não abandonarem as residências devido à densidade do fumo.