Pedro Ramos disse, no âmbito da discussão do Programa do XV Governo Regional, que vai decorrendo no plenário madeirense, que as eleições do passado 26 de maio “mostraram que a população quer que a social democracia continue a governar, mas disse também que teríamos de nos entender, porque não temos maioria”.
Ou seja, “será uma legislatura liderada pelo PSD, mas com o contributo de todos”, relevou, lembrando que também por isso o Programa em análise “é abrangente, com 293 medidas de outros partidos”. Ora, neste contexto, “votar contra o Programa de Governo é votar contra as suas próprias medidas”.
Em resposta a outras questões, nomeadamente colocadas por Carla Rosado (PSD) e Mónica Freitas (PAN), com foco na nova unidade de saúde do Porto Santo e questões colaterais, o secretário regional da Saúde e Proteção Civil lembrou que nesta altura a ilha dourada tem já 20 especialidades distintas e em breve estará também mais bem equipada em meios auxiliares de diagnóstico.
“Estamos a ver um plano de nos aproximarmos da diária nacional, que de resto até há bem pouco tempo na Região era sempre superior há nacional, e pretendemos a breve prazo passar dos atuais 52,18 euros para os atuais 65,00 euros nacionais”, clarificou a propósito dos valores consignados para o acompanhamento de doentes. Já Nuno Morna levou ao debate questões bem objetivas, uma das quais pretendendo saber o destino do Hospital dos Marmeleiros e do Hospital Dr. Nélio Mendonça, após a conclusa e entrada em funcionamento do Hospital Central e Universitário da Madeira, considerando que o Programa do Governo é omisso nesta matéria. Pedro Ramos disse, então, que “naturalmente que o Hospital dos Marmeleiros será para os cuidados continuados”, enquanto o destino do Hospital Dr. Nélio Mendonça “estamos ainda a pensar”.
O deputado da Iniciativa Liberal lembrou ainda a crescente problemática em redor da apneia do sono e doenças daí resultantes, tendo Pedro Ramos assegurado que a apneia do sono “faz parte da nossa nova estratégia. Já instalamos meios em dois centros de saúde e em breve vai ser uma realidade em toda a Região”.