Nos dias 19 e 20 de junho, o Comando Operacional da Madeira irá realizar o exercício DRONEX 24.1.
A operação de Sistemas Aéreos Não Tripulados (SANT), Classe 1, Categoria MINI, no arquipélago da Madeira, instalada no Comando Operacional da Madeira, visa “constituir e desenvolver uma capacidade complementar integrada no Sistema de Forças Nacional, numa perspetiva conjunta, baseada num conceito de emprego de duplo uso, como resposta conjunta das Forças Armadas, de forma mais eficiente e com maior eficácia, às atividades de natureza militar e civil”, refere uma nota enviada à redação.
Explica o Comando Operacional da Madeira que o conceito de emprego de SANT foi projetado com “o principal objetivo de dar um contributo para ações puramente militares, no entanto ,a capacidade de recolha de informação, possibilita ações de duplo uso, como a busca e salvamento em terra e na orla marítima, cooperação com as Forças e Serviços de Segurança, apoio à Proteção Civil e em outras tarefas relacionadas com a satisfação das necessidades básicas e melhoria da qualidade de vida das populações”.
O Comando Operacional da Madeira refere que, para operar SANTs modernos, precisa de acompanhar a evolução das tecnologias, para se manter atualizado e interoperável, não só na operação, mas essencialmente na capacidade em transmitir e receber informação e processá-la em tempo útil, no campo de missões militares.
Neste contexto o Comando Operacional da Madeira, não ficando alheio nem atrasado nestes desenvolvimentos, como Órgão multiplicador de capacidades técnico-científicas, realiza um conjunto de missões com utilização de drones, que procedem à recolha de imagem, transmissão e processamento no Centro de Operações do COM.
DRONEX, nome de código atribuído aos exercícios que o Comando realiza com recurso a drones, recebe a numeração “24.1” por ser o primeiro desta série neste ano. Será
um conjunto de missões realizado na zona do Paúl da Serra, Fanal até à zona da Bica da Cana. Nesta zona, um drone recolherá imagens de diferentes perspetivas, que em tempo real estarão a ser transmitidas para o Comando Operacional da Madeira. Será uma forma inovadora de streaming, pois este exercício simula que os modos atuais de comunicação estão inoperativos e que a única forma de comunicação, é por satélite.
Serão utilizados pela primeira vez, para imagens recolhidas por drone, dois tipos de transmissão: satélite militar e a rede STRALINK. No Centro de Operações, as imagens serão trabalhadas n oprograma Pix 4D, software de interpretação de imagem com avançados algoritmos de fotogrametria para transformar imagens em modelos 3D.
O modelo será analisado por um Estado-maior, que vai definir uma modalidade de ação a seguir no terreno. Estas imagen sem 3D serão remetidas aos operacionais no terreno, pela mesma via, satélite, que podem ser vistas em telemóvel ou tablet. Aplicado no novo conceito de Multi-Domain Battle, este exercício, prevê unidades mais modulares, pequenas, móveis facilmente adaptáveis a novas situações, potenciando a autonomia de cada componente no seu próprio domínio, mais conjunto e mais integrado. O emprego de drones, torna-se um multiplicador de força militar e permite aumentara capacidade em ações de natureza militar, na recolha de informações ou em ações de duplo uso, em cooperação com outras forças, permite a aplicação ao nível tático em missões isoladas ou integradas.