O JPP enviou um comunicado às redações para manifestar que “não temos Orçamento para 2024 e a responsabilidade dessa posição só pode ser assacada à leviandade de Miguel Albuquerque”.
O grupo parlamentar do JPP sublinha que “sobre esta matéria, é bom que os madeirenses e porto-santenses conheçam a realidade, nua e crua, dos factos”, afirmando que “foram os joguinhos partidários do PSD que deixaram a Madeira sem Orçamento
Na nota, é escrito que “depois de PSD e CDS, numa das muitas panelinhas que andam a fazer nos últimos cinco anos, terem retirado da Assembleia a proposta de Orçamento para 2024 que já se encontrava pronta a ser discutida e aprovada, em fevereiro, resolvem agora arregimentar as suas tropas e colocá-las a espalhar a cartilha que melhor convém aos dois, inundando as redes sociais com a ideia de ilibar Miguel Albuquerque dessa decisão que visava apenas interesses do PSD e CDS – todos nos lembramos que ambos não queriam eleições antecipadas”.
Élvio Sousa entende que tal como aconteceu com a exoneração do primeiro-ministro cujo despacho presidencial só seria publicado após a discussão e aprovação do Orçamento de Estado para 2024, também deveria ter sido aprovado o ORAM.
“Era isso que deveria ter acontecido na Madeira, mas Albuquerque e Rodrigues preferiram chantagear o Representante da República e condicionar a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, retirando o Orçamento da Assembleia para dessa maneira furtarem-se a eleições antecipadas. Portanto, PSD e CDS não quiseram que a Madeira tivesse um Orçamento mais cedo”.
“A Madeira não tem hoje Orçamento aprovado devido ao fato de Albuquerque ter-se negado a aprová-lo. Esta é a verdade que a propaganda está a tentar esconder”, afirmou ainda, acrescentando: “não vale a pena os grupos económicos virem usar as suas redes de propaganda para pressionarem o JPP, e fazerem de conta que não existiu chantagem calculada e pensada por parte de Albuquerque e Rodrigues. Ambos colocaram os interesses pessoais e dos seus partidos à frente do interesse coletivo, à frente dos interesses da Autonomia e do Povo”, concluiu.