Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, critica as políticas que têm sido seguidas pela União Europeia e acusa Bruxelas de promover a destruição da agricultura e das pescas.
Segundo o parlamentar, as orientações que têm vindo a ser impostas pela liderança da União aos estados-membros têm prejudicado o sector primário e lançando para a pobreza as famílias que se dedicam àquela área de atividade.
“Foi Bruxelas que destruiu a agricultura e as pesas. Fê-lo através de apoios para destruir as frotas e impedir o cultivo das terras, através de regras ambientais que não fazem sentido, através de quotas que mandam para casa quem quer trabalhar e através de acordos com países externos que não cumprem as exigências que Bruxelas impõe aos pescadores e aos agricultores europeus”, apontou.
Para o deputado Francisco Gomes, as eleições europeias de 9 de junho são uma importante oportunidade para os portugueses refletirem sobre o que se tem vindo a passar com a União Europeia, incluindo em termos agrícolas e piscícolas, nos quais está instalado um clima que diz ser “desumano e, a todos os níveis, vergonhoso”.
“A Europa tem tudo para ser competitiva, mas prefere pagar o abate das frotas, impor quotas ridículas aos pescadores, matar a pesca tradicional, atar as mãos dos agricultores e passar a importar peixe e comida de Marrocos, China, Vietnam e Turquia. Isto não faz sentido e está a mandar os nossos pescadores e os nosso agricultores para o desespero”, denota.
Para corrigir esta situação, Francisco Gomes afirma que é urgente valorizar dos produtores europeus, dando-lhes prioridade em termos de condições de trabalho e acesso ao mercado. O parlamentar madeirense recusa que estas medidas não constituem qualquer tipo de xenofobia, mas a defesa dos interesses nacionais e europeus.
“O que defendo e que o Chega defende é que os portugueses vêm primeiro e a Europa está acima de tudo, em relação a outros continentes. Quem está cá, tem de ter direito a pescar os nossos mares, a cultivar a nossa terra e a vender os seus produtos no nosso país. Não podemos continuar a mandar os pescadores para o desemprego e a amarrar os agricultores em casa, ao mesmo tempo que somos invadidos por produtos de fora”, remata.