Sérgio Gonçalves, o cabeça de lista do Partido Socialista às eleições ao Parlamento Europeu, de dia 9 de junho, esteve esta manhã no Porto do Caniçal, numa ação de contacto com os pescadores e donos das embarcações que, sublinhou, “se encontram paradas, por não ser permitido capturarem mais peixe”.
Nesse sentido, o candidato do PS-M, defendeu o aumento das quotas de pesca do atum e prometeu bater-se por isso se eleito ao Parlamento Europeu.
Em declarações produzidas no local, referiu a crise que esta medida provoca a estes homens e famílias, lançando farpas ao Governo Regional.
“Trabalharam cerca de um mês e agora, por terem visto a quota esgotada, não podem continuar na sua atividade. Isto traz problemas aos pescadores, aos armadores e a todo um setor que passa por uma crise e que não vê forma de garantir a sustentabilidade desta atividade”, explanou o candidato.
No mais, evidenciou que a quota de pesca de atum é de cerca de três mil toneladas, tendo já sido quase três vezes superior. Mais aclarou que a quota ter sido esgotada, em cerca de um mês, comprova a lacuna existente.
“Isto tem de ser feito junto das instâncias europeias e nós podemos, inclusivamente, negociar com a Comissão Europeia”.
“O socialista lembrou o objetivo da União Europeia de ter 30% da sua área marítima protegida e o facto de Portugal ter uma Zona Económica Exclusiva muito significativa, graças também aos arquipélagos da Madeira e dos Açores, defendendo que possa ser negociado como contrapartida desse contributo para os 30% da área protegida um aumento de quota.
Por outro lado, o candidato do PS defende que estas embarcações possam pescar nas ilhas Selvagens, tendo em conta que esta pesca de modo artesanal, de salto e vara, não tem qualquer impacto para essa área protegida.
Outra das questões abordadas e que Sérgio Gonçalves quer defender no Parlamento Europeu prende-se com a renovação da frota de pesca do peixe-espada. O socialista referiu que, durante muito tempo, o Governo Regional negligenciou esta situação, primeiro, ao não ter apresentado junto das instâncias europeias a necessária Estratégia do Mar, para permitir que existisse financiamento para a renovação da frota, e segundo, ao não ter apresentado qualquer projeto neste sentido ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência, que atribuiu à Madeira mais de 600 milhões de euros. Como adiantou, são 23 embarcações e cerca de 240 pescadores e respetivas famílias que dependem desta atividade, sendo importante existirem também apoios europeus para esta renovação da frota”, complementa nota do gabinete de comunicação da estrutura partidária enviada à redação.