O secretário-geral do JPP disse hoje que já não está em vigor a declaração de princípios assinada na segunda-feira com o PS/Madeira, que propunha uma alternativa de governo ao PSD, liderada pelo PS e pelo JPP, e à qual esperava a adesão de outros partidos da oposição, o que acabou por não acontecer.
“Não foi um acordo, foi um princípio de entendimento com o PS, que terminou nessa mesma noite”, clarificou hoje Élvio Sousa, num encontro com jornalistas.
“Nós procurámos estabilidade” no dia seguinte às eleições, “era nossa obrigação”, “tínhamos a obrigação moral/ética de o fazer”, mas “o PAN, o CDS e os restantes não quiseram”, recordou.
“Se preferem manter Miguel Albuquerque, a responsabilidade dos destinos da Região cabe integralmente a esses partidos”, enfatizou, considerando que agora ninguém os pode acusar de “não ter tentado uma solução de emergência para a Madeira”.
O secretário-geral do JPP também comentou o facto de ter sido adiado de segunda para terça-feira o encontro entre Albuquerque e o representante da República, para a apresentação da composição do novo governo.
Citando Ireneu Barreto, Élvio Sousa disse que se a proposta PS-JPP não tinha qualquer hipótese, agora também “parece que Miguel Albuquerque tem poucas hipóteses de dar um governo estável”.