A Comissão Eleitoral da África do Sul acaba de divulgar que se encontra a envidar todos os esforços para finalizar a recolha, escrutínio e auditoria dos votos das eleições nacionais e provinciais para conclusão do processo eleitoral.
Sy Mamabolo, oficial da comissão eleitoral, disse que a comissão irá declarar os resultados destas eleições durante o fim de semana, após o qual as listas dos representantes eleitos serão publicadas no “Diário do Governo” e posteriormente entregues ao presidente do Tribunal Constitucional para efeitos de convocação da primeira reunião da Assembleia Nacional.
Mamabolo disse que o processo está em andamento e que até às 18h16 de hoje, sexta-feira, 71,76 % dos resultados foram captados tendo a província do Cabo Norte finalizado a captação.
Foram apresentadas 36 objeções pelos partidos no decorrer das eleições mas não foram reveladas quais as objeções. Porém, a comissão respondeu já a 15 dessas objeções e está em contacto com os restantes objetores.
É já conhecido que o ANC, partido governamental, que governou ao longo de 30 anos com uma maioria absoluta, neste momento, anda abaixo dos 42%. Enquanto a contagem de votos se aproxima agora da marca de dois terços.
É quase uma certeza que o recém-formado partido MK está ainda distante de uma maioria de dois terços numa altura em que mais de metade dos votos foram contados, mas, está lenta e progressivamente a assumir o lugar das boinas vermelhas (EFF – Economic Freedom Fighters), colocando-se assim no lugar da terceira força política ou segundo maior partido da oposição.
O grande impulso do partido MK nos resultados nacionais vem, indubitavelmente, da província de Kwazulu-Natal onde lidera com 45,34% dos votos já apurados.
Gwede Mantashe, ministro do presente executivo e do Comité Executivo Nacional (NEC) do ANC, culpa o tribalismo pelo sucesso do partido MK até agora nas eleições , particularmente na província do Kwazulu-Natal, em que o partido de Jacob Zuma evidenciou um notável desempenho com 42,3% dos votos contra 20,1% do ANC até este momento.
Apesar das eleições terem decorrido de forma ordeira, onde velhos e jovens, ricos e pobres exerceram o seu direito de voto o Comissário da Polícia do Kwazulu-Natal, Tenente-General Nhlanha Mkhwanazi, exortou há pouco os líderes políticos para espalharam a mensagem aos seus respetivos apoiantes para que se comportem de forma responsável quando os resultados das eleições forem tornados públicos e que evitem provocações.
Apesar de algumas falhas, a democracia sul africana deu um sinal inequívoco de grande maturidade na escolha dos seus representantes é algo deveras gratificante.