O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, admitiu estar preocupado com a abstenção nas eleições regionais que decorrem hoje e adiantou estar “preparado para todos os cenários”.
O juiz conselheiro referiu esperar que estas eleições antecipadas resolvam a crise política gerada com a demissão do presidente do Governo Regional (PSD/CDS), o social-democrata Miguel Albuquerque na sequência da investigação judicial relacionada com suspeitas de corrupção, em janeiro, que resultou em ser constituído arguido.
“Espero que sim, por isso é que fazemos eleições”, respondeu quando questionado sobre a situação.
O juiz conselheiro acrescentou: “Espero que todos votem, os que podem devem votar para que nós tenhamos uma solução que resolva os nossos problemas”.
O representante, que votou na secção da Câmara Municipal do Funchal, argumentou que votar é um direito e um dever.
“Nós temos uma grande responsabilidade, temos o nosso presente e o nosso futuro. O nosso presente e o nosso futuro dependem das eleições e do resultado das eleições que hoje decorrem”, sublinhou.
Ireneu Barreto insistiu que “há tempo para tudo”, para ir à serra, ao mar e também para votar.
Falando sobre a abstenção, o juiz conselheiro disse estar “preocupado, porque a taxa é elevada” na Madeira.
Mas, considerou que se deve “relativizar o problema da abstenção”, já que existem “40 e tal mil eleitores fantasma”.
“De qualquer modo, a abstenção em setembro [nas últimas eleições regionais] foi por volta de 46%, se deduzirmos 17% andará na casa dos 30%. Na minha perspetiva é muito. Devíamos ter uma abstenção na casa dos 20%, era ótimo”, argumentou.
O representante da República ainda apontou estar “preparado para todos os cenários” que saiam das eleições antecipadas de hoje”, salientando que “em democracia há sempre soluções”.