Foi a disparar em várias direções que Miguel Albuquerque encerrou o penúltimo dia de campanha, num comício realizado na baixa do Funchal. Visando toda a oposição, desde o PS aos partidos mais pequenos, passando por Lisboa e por quem quer “colonizar” a Região, e até os processos judiciais e as investigações do Ministério Público, o presidente do PSD/Madeira frisou que “o que está em jogo é demasiado importante” e apelou à união do partido para as eleições de domingo.
Junto à sede da Assembleia Legislativa da Madeira, depois de uma arruada que percorreu a Avenida Arriaga, a Rua Fernão de Ornelas e parte da Avenida do Mar, o recandidato a presidente do Governo Regional sublinhou que “está em jogo o futuro da Região”. Isto porque, considerou Miguel Albuquerque, não há alternativa ao PSD.
Lembrando a governação socialista na Câmara do Funchal, o líder dos social-democratas disse que “toda a gente sabe que não estão habilitados para governar”. E sobre os outros, a quem se referiu como “partidos de protesto” e “partidos pequenos”, frisou que “passam a vida a mandar bocas” e vaticinou que “não estão preparados” para assumir o governo.
“Toda a gente sabe que se forem para o Governo, toda a gente vai pagar muito caro pela incompetência e desgoverno que vão introduzir na Região”, alertou.
Recapitulando várias das medidas aplicadas pelo Governo Regional desde que assumiu o poder, em 2015, e contrapondo com a governação do PS de António Costa a nível nacional, Miguel Albuquerque não poupou nos ataques aos socialistas madeirenses, com acusações de subserviência ao poder “de Lisboa”.
Depois, numa alusão ao processo judicial no qual é arguido, o candidato social-democrata afirmou que o partido não se deve assustar “com coisa nenhuma”.
“Todos estes processos de denúncias anónimas, toda esta conversa de aviões a aterrar aí. Ninguém nos mete medo. Nós somos de uma fibra que ninguém nos derruba”, prosseguiu. “Mantendo a tradição do nosso partido, vamos continuar esta luta. Com coragem, determinação, garra. Sem medo de nada, ninguém nos assusta, ninguém nos intimida. Temos de continuar a lutar pela nossa liberdade. Não podemos entregar a Madeira a quem nos quer espezinhar, a quem nos quer colonizar. Não podemos entregar o futuro da Madeira a incompetentes.”
A finalizar, e lembrando que o partido vai sozinho a eleições, Albuquerque frisou que o PSD “precisa da confiança do povo” e pediu união aos militantes.
“É decisivo que estejamos todos unidos, todos mobilizados, e cientes de que se joga o futuro da Madeira”, reforçou. “Por isso, apelo a todos os social-democratas, mesmo aqueles que não concordam comigo. O partido e a Madeira são mais importantes do que eu. Precisamos de todos vós para manter a Madeira em prosperidade.