A candidatura do Livre deslocou-se até ao Porto Santo onde se confrontou com diversos problemas, “agravados pela sazonalidade” e pela “insuficiência de respostas sociais”.
Marta Sofia, cabeça-de-lista, diz que como resultado de uma situação de dupla insularidade, os porto-santenses ficam “profundamente afetados pelas limitações nas ligações marítimas e aéreas”.
O partido afirma, por exemplo, que no acesso à habitação a situação “é ainda mais grave que na Madeira”. “Hoje há já mais alojamentos que população”, disse a candidata.
Por seu turno, na saúde a capacidade de resposta aos utentes e doentes porto-santenses “é manifestamente insuficiente, exemplo disso são a deslocações de doentes oncológicos ao hospital na ilha da Madeira para receber tratamento”.
Na visita, o partido salientou três aspetos que marcam a realidade local, mormente o empobrecimento, o decréscimo e o envelhecimento da população residente.
“Em consequência, verificamos ao exemplo da Ilha da Madeira, um acentuado agravamento do custo de vida, condições laborais precárias nos diversos sectores económicos da ilha, a enorme dependência alimentar salientar do exterior, que há muito é reconhecido pelos Porto-Santenses e ignorado durante estes 48 anos”, disse a cabeça-de-lista, salientando, ainda, o decréscimo e o envelhecimento da população residente.
“O que se exige são programas de apoio e aposta na atração de profissionais qualificados para trabalhar em todas os setores económicos e decidida intervenção na formação local contínua para melhorar e qualificar os recursos humanos existentes, bem como na salvaguarda dos direitos laborais de todos os trabalhadores”, acrescentou.
Deste modo, o Livre defende que o primeiro passo para se iniciar um processo de resolução dos “graves problemas” que os porto-santenses enfrentam é a garantia de ligações marítimas entre o Porto Santo, a Madeira e o Continente durante todo o ano, com transporte de cargas e passageiros.
“A exigência é que se dê prioridade à resolução dos problemas e não a clientelismos que nos fazem reféns de grupos económicos. Falta vontade política e uma estratégia de desenvolvimento sustentável e fixação de população”, defende.
“Esta candidatura assume as populações como a principal prioridade de toda a ação e proposta política. Com a eleição de representação parlamentar do Livre estamos em condições de garantir que tomaremos a iniciativa e a proposta das medidas necessárias e urgentes para que os Porto-Santenses se vejam representados e defendidos nas políticas regionais”, remata.