A candidatura do Bloco de Esquerda esteve esta manhã numa ação de campanha em Machico onde aproveitou a ocasião para relembrar aquilo que dizem ser a ligação perigosa entre o poder económico e o poder político, lembrando, ademais, que o partido sempre denunciou esses casos.
A propósito, em declarações à imprensa, o Bloco de Esquerda afirmou ter vindo a sentir, pelas ruas da Região, um desejo de mudança governativa, acreditando que essa vontade se materializará na expressão do voto.
“As pessoas falam na necessidade de mudança e que isto tem de mudar e estão muito envergonhadas, como todos os madeirenses estão, com a situação que aconteceu aqui, na Madeira, com o presidente do Governo Regional a ser constituído arguido, com o presidente da Câmara do Funchal a ser constituído arguido e tendo estado detido para prestar declarações”, começou por referir Roberto Almada.
“A Madeira e os madeirenses parece que acordaram para uma realidade que o Bloco de Esquerda, há muito, denuncia. Sempre denunciámos situações de falta de transparência na Região, sempre denunciámos ligações perigosas entre os grupos económicos e o poder regional. Há quarenta e tal anos que fazemos essa denúncia, desde 1976”, elaborou o cabeça de lista do Bloco de Esquerda às legislativas regionais de 26 de maio.
“As pessoas têm uma oportunidade, de no dia 26 de maio, de fazer a mudança e dizemos que uma mudança política tem de ter uma nova alternativa e não uma mera alternância. A alternativa, à esquerda, não se fará sem o reforço do Bloco de Esquerda, sem mais deputados, para que essa alternativa não seja uma mera alternância”, defendeu.
Já sobre a eventualidade de acordos à esquerda, numa espécie de ‘geringonça’, explicou ser “possível que, à esquerda, se construa um programa de governação alternativa da Madeira, mas envolvendo todos os partidos de esquerda e não apenas um ou dois”.