Livre pede justiça para o setor da banana na Madeira

A candidatura do Livre deu início esta segunda-feira à sua campanha, com ações de contacto que se distribuíram pelos concelhos do Funchal, Câmara de Lobos e Santa Cruz.

Marta Sofia, candidata às regionais, diz que há uma necessidade de se impor justiça no setor da banana da Madeira, devolvendo a liberdade de associação retirada aos produtores desde a criação da GESBA.

“Permitir os produtores de vender diretamente ao consumidor final pequenas quantidades de banana sem perderem os apoios europeus; aumentar o preço da banana paga ao produtor; criar uma indemnização por prejuízos não abrangidos pelo seguro coletivo nomeadamente pela banana comprometida mas não colhida pela GESBA”, são algumas das propostas do partido.

Neste sentido, Marta Sofia sublinha que o objetivo é dar voz aos bananicultores madeirenses, explanando a legitimidade das suas reivindicações e desmontando a narrativa que tem ao longo dos anos “manipulado e omitido factos e assim justificar a existência da GESBA, e confundir a opinião pública sobre quem tem razão”.

“Não pretendemos acabar com a GESBA ou voltar ao tempo dos maus exemplos de cooperativas geridas, defendemos uma gestão profissional do setor banana que garanta a qualidade e a valorização, mas exigimos que legalmente se abra a possibilidade de surgirem outras organizações no setor, as quais se impõe a mesma seriedade e transparência a todo o setor, inclusive à GESBA”, explica.

“A GESBA é um modelo que só beneficia o Governo Regional, por prejuízo dos produtores e dos consumidores madeirenses”, disse a candidata.

O Livre propõe um número mínimo para a constituição de uma organização de produtores de banana para 20 produtores e 200 mil euros de valor mínimo de produção comercializável para o reconhecimento legal.

Além disso, defende que os bananicultores possam vender pequenas quantidades de banana diretamente ao consumidor final sem perderem em subsídios europeus e exige, ainda, rendimentos mais justos, aumentando em 25 cêntimos o valor pago em todas as categorias e aumentando de 15 para 20 cêntimos o valor do acréscimo destinado a cobrir custos com entrega nos armazéns da GESBA.

“Nos próximos anos devemos criar condições para que os bananicultores possam ser autónomos se o quiserem e sem prejuízo para os seus rendimentos e expectativas comerciais. É desta forma que os profissionais terão a oportunidade de crescer e ganhar conhecimentos em diversas áreas e não a serem sistematicamente condicionados por um único sistema ou empresa de gestão da Banana”, refere.

“Queremos que os bananicultores sejam atores do seu desenvolvimento económico e que consigam contrariar o empobrecimento que tem vindo a sofrer. Abrir o mercado da banana para que os bananicultores da Madeira sejam capazes como quaisquer outros de exercer os direitos que a Europa e a nossa Constituição da República permitem, mas que o Governo Regional, tem negado”, remata.

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