IL diz que “a redução do tamanho do Estado na Autonomia tem de ser uma proposta abrangente”

“A redução do tamanho do Estado na Autonomia, tem de ser uma proposta abrangente que engloba múltiplas reformas estratégicas, que procurem transformar a administração pública num sistema mais eficiente e menos oneroso para os madeirenses”. Consideração tecida, esta tarde, pela candidatura da Iniciativa Liberal, através de um comunicado enviado à redação.

O IL aponta que, um dos primeiros passos nesse processo, “envolve a privatização de empresas públicas, de modo a diminuir a carga administrativa do Estado, além de aumentar potencialmente a eficiência económica ao introduzir a concorrência e a gestão privada na equação”.

Nesse sentido, o partido considera “crucial, no entanto, assegurar que tais vendas sejam realizadas de forma transparente e com salvaguardas adequadas para proteger o interesse público. Antes que venha a usual chico-espertice, não somos favoráveis à privatização de monopólios estatais, exceto se estes deixarem de o ser”.

“Adicionalmente, é fundamental cortar os consumos intermediários que não contribuem diretamente para a produção de bens ou serviços públicos. A centralização das compras é sempre uma ferramenta eficaz, permitindo ao Estado negociar melhores condições, aproveitando a economia de escala, conduzindo a uma redução significativa de gastos”, reforça.

Outra área que o IL considera que necessita de atenção é a reavaliação da atribuição de subsídios. “Muitos destes programas, apesar de bem-intencionados, falham em alcançar os seus objetivos ou perpetuam-se sem que se faça uma análise crítica dos resultados alcançados. Reestruturar subsídios, eliminando os que não produzem resultados desejados e reforçando aqueles que funcionam, liberta recursos financeiros significativos”, defende.

“Nas infraestruturas, ter como prioritários os projetos que ofereçam o maior retorno social e económico. Implementar uma abordagem baseada em evidências na seleção de projetos ajuda a evitar investimentos ineficazes e garante que os recursos limitados sejam utilizados onde realmente podem fazer a diferença”, observa.

Nos sectores da saúde e educação, o IL entende que a otimização da eficiência operacional é essencial. “A implementação de tecnologias digitais para a gestão de recursos e serviços pode reduzir custos operacionais e melhorar a qualidade do atendimento, garantindo que os investimentos sejam feitos de maneira inteligente”, adita.

“Por fim, a renegociação da dívida regional e a avaliação rigorosa dos incentivos fiscais são medidas que podem aliviar encargos financeiros e garantir que os incentivos sejam realmente benéficos e não causem distorções económicas ou injustiças fiscais”, indica ainda.

“Estas reformas, ao serem implementadas, podem transformar o Governo numa entidade mais ágil e eficaz, capaz de responder prontamente às necessidades da população, promovendo uma gestão pública mais justa e equitativa, focada em resultados e no bem-estar dos madeirenses. Reduzir o tamanho do Estado na Autonomia não é apenas uma questão de cortar custos, mas sim de reorientar e otimizar a sua atuação, assegurando um serviço público que atenda eficazmente às exigências e expectativas de todos”, remata.

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