O PAN defende uma aposta na mobilidade leve, verde e justa para todas e todos os cidadãos. A este respeito, e com a disponibilização de apoios comunitários e a consciência ambiental que existe, o partido considera ser “inadmissível que viver fora do Funchal signifique que o cidadão tenha de ter carro próprio ou que não possa depender de transportes públicos”.
O partido, note-se, teve a oportunidade de se deslocar até algumas zonas rurais e mesmo zonas urbanas fora do eixo ‘Câmara de Lobos-Caniço’, que ainda assim sofrem também deste problema, e ouviu os anseio e queixas de vários residentes.
“Ter um autocarro para o Funchal às 8h da manhã e praticamente outro de volta às 17h, sem serviços intermédios e dias da semana sem qualquer oferta intermédia é impraticável nos dias que correm e vai contra todos os pressupostos que defendemos”, apontou Mónica Freitas.
O partido lamenta que, a portas com o serviço SIGA e CAM, não se tenha aproveitado essa oportunidade para reformular os autocarros de forma próxima às pessoas, nem optado por autocarros elétricos ou híbridos, preferindo apostar numa “lavagem de cara com a publicidade dada aos ‘novos autocarros’”. Por isso, o PAN defende a reformulação do serviço, não a sua mera substituição.
Além disso, para as zonas com menor densidade populacional onde não se justifique uma carreira regular e num autocarro grande, o candidata defende um serviço por chamada, onde o passageiro consiga agendar, através de carrinhas pequenas que deviam existir em muito maior número, conhecendo as especificidades da região que em nada são novidade, a sua viagem.
“Esse serviço já existe atualmente no Funchal, mas é ansiado na restante Região”, frisa.
“A criação de hubs ou pequenas centrais de autocarros que recebessem essas carrinhas das zonas mais longíquas ou com menos pessoas e que transitassem, depois, num serviço direto para o Funchal é, sem dúvida, o caminho a seguir”, acrescenta.
Mónica Freitas lamenta que vários partidos venham a público falar de questões de trânsito – “castrantes, sem dúvida” -, sem se debruçarem sobre formas atrativas para as pessoas poderem deslocar-se de transportes públicos, poupando na sua carteira e no ambiente, mas sem condicionarem a facilidade ou a rapidez da deslocação.