O jovem português de 17 anos suspeito de ter orquestrado massacres em escolas no Brasil ficou em prisão preventiva.
De acordo com a CNN Portugal, a juíza de instrução criminal considerou haver perigo de continuação de atividade criminosa, perturbação do inquérito e alarme social, enquanto decorre o inquérito.
Recorde-se que de acordo com o diretor nacional da Polícia Judiciária, a detenção deste menor de 17 anos por suspeitas de criminalidade violenta e ligação a ataques no Brasil travou a existência de outros crimes.
Em declarações aos jornalistas, Luís Neves deu mais esclarecimentos sobre a operação anunciada pela PJ na quinta-feira, que decorreu em articulação com as autoridades brasileiras, e sublinhou que o detido é o “único português que está neste momento identificado”, destacando a “capacidade de liderança” para instigar através da Internet outros jovens a cometerem crimes, sobretudo no Brasil, onde foi associado ao ataque numa escola de Sapopemba.
“Estancámos uma atividade que ia ter mais mortos, mais jovens, mais escolas atacadas, mais crimes de massa, mais sofrimento humano. É um trabalho de repressão, mas também um trabalho preventivo global”, referiu, salientando os “atos bárbaros” e de cariz extremista que eram difundidos no grupo da plataforma de Internet em que este jovem operava.
Segundo Luís Neves, o fenómeno de incentivo à criminalidade violenta através das redes sociais e da Internet é algo que “preocupa sobremaneira” a PJ, pelo que a investigação vai continuar.