O Clube de Ecologia Barbusano, da Escola Secundária de Francisco Franco, realizou, no passado dia 27 de abril, uma saída de campo ao Ribeiro Bonito, na freguesia de São Jorge.
Conforme descreve numa nota enviada à redação, a saída de campo teve início com uma visita guiada à serragem movida a água da Achadinha, a única serragem de madeiras que ainda se encontra funcional na Região, mas que “precisa de apoios para que este património cultural não se perca”.
A visita foi guiada pela professora Albertina, proprietária deste imóvel, a qual explicou o modo de funcionamento da mesma e falou sobre como era o dia-a-dia dos serradores que aqui trabalhavam.
De seguida, este clube empenhou-se no percurso ao longo da Levada do Rei até ao Ribeiro Bonito.
“A parte inicial do mesmo caracteriza-se por uma abundância de plantas exóticas invasoras (acácias, eucaliptos, tabaqueiras, maracujá-banana) que gradualmente vão dando lugar às plantas nativas (folhados, loureiros, faias, urzes, piorno, entre outras). “Pendurados” sobre os caules e ramos desta vegetação nativa viam-se com alguma frequência os alegra campos. Ao longo da levada, foi interessante observar plantas que são pouco comuns, como o pau branco, o sabugueiro e o aderno. Nas zonas mais sombrias e húmidas dos vales e linhas de água dominavam os seiceiros e os fetos e, esporadicamente, observavam-se alguns alindres (Euphorbia mellífera) e vinháticos”, elucida o mesmo clube, que mais enalteceu que este local “apresenta uma abundância de fetos de diferentes espécies e vários exemplares de sabugueiros, assim como alegra campos que trepam as plantas arbóreas”.
“Para garantir a preservação deste local é necessário controlar o seu acesso, algo que, ainda, não se faz”, vaticinou ainda o grupo.
Por último, o fim da saída de campo incluiu uma visita ao moinho a água de São Jorge, ainda em laboração, mas não pela força motriz da água, onde é possível, ainda, adquirir farinha de trigo e milho.