Bernardo Martins participou esta quinta-feira no ‘Congresso Internacional: 50 Anos do 25 de Abril’, que decorreu na Reitoria da Universidade de Lisboa, onde falou sobre o ‘25 de Abril na Madeira: lutas e alterações socioeconómicas e políticas (1974-75)’.
Na sua alocução, Bernardo Martins sublinhou que a Madeira e o Porto Santo foram lugares que acolheram a ‘Revolução dos Cravos’, assistindo-se a uma forte ebulição social e política. Esta mudança influenciou diversas áreas: ao nível económico-social, houve a luta pela extinção do regime de colonia, a conquista de reivindicações dos trabalhadores e modificações no plano sindical; no campo político, registou-se a formação de associações e movimentos políticos locais, as alterações nas instituições político-administrativas e o confronto entre os ideais autonomistas e os independentistas; no setor religioso, ocorreram tensões entre o bispo do Funchal e sacerdotes, paróquias e partidos; na comunicação social, aconteceram a contestação às direções em exercício, as mudanças editoriais e a difusão do pensamento revolucionário.
Já numa perspetiva global e integrada, Bernardo Martins explicou a diversidade das lutas e respetivas consequências no arquipélago madeirense, enquadrando estas alterações na revolução económica, social e política de Portugal.
Refira-se que o ‘Congresso Internacional: 50 Anos do 25 de Abril’ teve organização e o apoio partilhado de diversos organismos, como a Comissão Nacional Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, o Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, o Museu do Aljube, a Associação 25 de Abril, o CIDAC e Territórios e Comunidades da Universidade de Coimbra.